Com alguma surpresa, Constantino Rei transita da direcção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) para a vice-presidência do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). O segundo nomeado por Jorge Mendes tomará posse no mesmo dia que José Augusto Alves, eleito presidente do Conselho Geral (CG) numa reunião realizada na semana passada, e dos novos directores das quatro escolas.
Nesse encontro, em que participaram 27 dos 32 membros do novo órgão máximo do IPG, foram ratificados, por maioria qualificada, os nomes de Teresa Paiva para a ESTG, com 25 votos a favor e 2 brancos; de Carlos Reis na de Educação, Comunicação e Desporto (24 e 3); de Ezequiel Carrondo na de Saúde (ESS) e de Anabela Sardo na de Turismo e Hotelaria (ESTH), ambos com 26 votos favoráveis e um branco. Quanto a José Alves, que não esteve presente por motivos profissionais, obteve 25 votos favoráveis e dois brancos, enquanto Ana Margarida Fonseca foi eleita secretária do CG com 23 dos 27 votos. Jorge Mendes, cujo mandato como presidente do IPG termina em Outubro de 2010, considera José Alves – de quem foi vice-presidente – uma «belíssima escolha», sendo uma pessoa com «grande capacidade de diálogo» e que será um «excelente embaixador» da instituição. Trata-se de um professor coordenador com um percurso académico e trabalho científico de «grande relevância», tendo trabalhado no Politécnico de Santarém nos últimos 10 anos.
Foi ainda presidente do IPG «numa altura extremamente difícil», recordou. Em relação aos novos directores das quatro escolas, o presidente do IPG explicou que foram escolhidos com base na «competência», na capacidade de «gestão de recursos humanos, quer de gestão propriamente dita», bem como nas «competências científicas e pedagógicas». Por outro lado, são pessoas «que estão no Politécnico há muito tempo», além de serem «altamente qualificadas» – três doutorados, enquanto Anabela Sardo está na fase final do seu doutoramento. Outro critério foi o da confiança e do conhecimento pessoal: «É evidente que teriam que ser pessoas da minha confiança para podermos discutir, analisar e decidir em conjunto. Foi dito no CG que os directores trabalharão numa equipa com o presidente e os vice-presidentes, mas, e não podia ser de outra forma, não são extensões do presidente do Instituto», garantiu Jorge Mendes.
Vão ter as «competências próprias» estabelecidas nos estatutos e «algumas delegadas» pelo presidente, que prevê poder haver «ganhos em termos de equipa e de coesão» no futuro. Jorge Mendes espera também que os novos directores, para além de continuarem com «aquilo que de bom foi feito nas respectivas escolas», possam «corrigir o que estiver menos bem», desafiando-os a aproveitarem as suas capacidades para «defenderem e abrirem novos projectos, sempre pensando numa unidade que se chama IPG». A tomada de posse ainda não tem data definida, mas deverá ocorrer durante a próxima semana. Os mandatos dos directores das escolas cessam também em Outubro de 2010.
Ricardo Cordeiro