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Jorge Sampaio veta de novo Escola Superior de Turismo no Fundão

Frexes diz-se «indignado» e espera que Governo mantenha decisão anterior

O Presidente da República chumbou esta semana o diploma de criação da Escola Superior de Turismo do Fundão pelo facto do actual Governo ter dado «um parecer negativo», acusou Manuel Frexes em conferência de imprensa na última terça-feira.

«Foi com profunda tristeza e indignação que tomámos conhecimento da decisão», admitiu o autarca, desconhecendo as «razões» que estiveram na base da alteração de uma deliberação aprovada a 4 de Dezembro em Conselho de Ministros, presidido por Santana Lopes. Para Frexes, trata-se de «uma decisão incompreensível e prejudicial para o Fundão, para a região e para o país», tanto mais que o turismo é uma das áreas «estratégicas e prioritárias» para a região. «A aposta no turismo foi assumida como alavanca para o desenvolvimento não só por este município, mas também pelo actual Governo, como está aliás bem expresso no seu programa», recorda o autarca, lembrando que havia todas as condições para «abrir as portas» da escola no próximo ano lectivo. «Não houve nenhuma precipitação na criação desta escola», refuta o autarca, ao relembrar que o projecto tinha sido aprovado «há vários anos» pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco precisamente para colmatar a carência de quadros superiores na área do turismo.

O autarca fundanense espera que o Governo «não venha dar o dito por não dito e que, com sentido de responsabilidade, mantenha a criação da escola», até porque a Câmara alterou inclusive o projecto inicial da futura escola profissional para proporcionar instalações à Escola Superior de Turismo. «Recusamo-nos a acreditar que se trate de um veto de natureza política», insinuou Manuel Frexes, que espera que o Governo não abandone outros projectos estruturantes para o concelho, como o Mercado Abastecedor da Cova da Beira, a parceria público-privada de apoio ao Turismo (PITER), bem como os Planos de Ordenamento em curso e outros contratos-programa. «Queremos acreditar que não existe qualquer intuito de perseguição política ao Fundão e à região», avisou.

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