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Jorge Leão quer colocar ESTG na «rota do desenvolvimento»

Nova direcção da Escola e Jorge Mendes prometem «respeito» mútuo pelas diferenças de opinião

«Trabalhar não tendo medo de ninguém, mas respeitando toda a gente». É este o lema da nova direcção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda que tomou posse na semana passada. Jorge Leão, director, e Carlos Rodrigues, subdirector, prometeram empenho para fomentar o desenvolvimento da instituição. Já Jorge Mendes, presidente do IPG, garantiu «disponibilidade total» para colaborar com a nova direcção da ESTG.

Após um processo eleitoral «diferente do que seria desejável», Jorge Leão acabou por aceitar director da ESTG, isto apesar «de não o desejar» e de na sua opinião «existirem colegas que muito provavelmente desempenhariam melhor esta tarefa», assegurando, no entanto, que «tudo» irá «fazer para que a Escola possa entrar definitivamente na rota do desenvolvimento», sublinha. Em relação à presidência do politécnico, o director da ESTG conta «com a compreensão e respeito pelas diferenças naturais em pessoas diferentes em lugares de chefia», realça. Para o próximo ano lectivo, com a introdução da nota mínima de 9,5 valores, «existe o risco de mais uma vez sermos penalizados por esta medida», mas o professor contrapõe, relembrando que nenhum aluno termina o ensino secundário com nota inferior a 10. Por outro lado, o docente afirma que a «cidade tem definitivamente de perceber da importância do IPG e neste particular da ESTG» que em número de alunos representa cerca de 50 por cento do total. Para o futuro, é necessário «dar importância aos factos positivos, que são muitos, e menosprezar as divergências e fraquezas», diz. Um facto que o recém-empossado director da ESTG lamenta é a «situação dos professores coordenadores», sublinhando que «não existe órgão em que qualquer um deles esteja em posição de destaque», citando os casos da presidência do IPG, direcção das escolas, presidência da Assembleia de Representantes, Conselho Cientifico, Conselho Pedagógico ou direcção dos departamentos. Ora, Jorge Leão entende que «precisamos da colaboração de todos, muito em especial daqueles que se encontram no topo da hierarquia em termos de carreira docente», frisa. No seu discurso de tomada de posse, o director da ESTG agradeceu a Carlos Rodrigues ter dito “sim” ao seu convite para ser subdirector, tendo sido este um factor «decisivo» para ter aceite dirigir a instituição, garantindo que a direcção «terá sempre uma só voz», classificando o trabalho desenvolvido pela anterior equipa directiva como «muito positivo», sublinha.

«Trabalhar em conjunto para o bem» da ESTG

Também o subdirector afinou pelo mesmo diapasão, elogiando o trabalho de Constantino Rei e prometendo a sua «fidelidade e solidariedade a 100 por cento» para com Jorge Leão. Apesar de, numa fase inicial, ter dito que não estava disponível para continuar na direcção da Escola, o facto da ESTG «poder continuar num vazio teve o seu peso na minha decisão», bem como a contingência de Jorge Leão se ter mostrado «corajoso» em disponibilizar-se para ser director. O professor coordenador entende que «não é possível a escola viver novamente um período tal e qual viveu», exemplificando com o relatório de uma comissão externa de avaliação à Escola que afirmou que «vemos alunos preocupados, professores fora do quadro em pânico e professores dentro do quadro acomodados», realçou. De resto, Rodrigues deixou uma crítica a alguns dos seus colegas: «Fiz a minha formação sem dispensa de serviço, estive no Conselho Cientifico, na direcção da escola, fui director de departamento, fiz prestação de serviços ao exterior, estive na docência. Não creio que seja correcto um colega dizer-me que não está pronto para trabalhar. Entendo que todos devem estar prontos para trabalhar porque se não estiverem, sinceramente, o caminho que a escola vai tomar não vai ser o melhor», alertou.

Por sua vez, Jorge Mendes, presidente do IPG, mostrou abertura para se «disponibilizar totalmente para colaborar» com a direcção da ESTG, afirmando que o relacionamento institucional «será, como sempre foi, um relacionamento de respeito e digno», frisa. De igual modo, espera «contar por parte da direcção da escola com esse respeito, mesmo com diferenças de opinião que devem ser resolvidas nos locais e nos momentos próprios», afirmando que, a partir de agora, «vamos arregaçar as mangas para trabalhar em conjunto para o bem desta escola e do IPG», frisou.

Ricardo Cordeiro

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