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Joaquim Brigas reeleito na ESEG

Actual director da Escola Superior de Educação obteve 15 votos contra apenas três de Rosário Santana

Sem grande surpresa, Joaquim Brigas foi reeleito director da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Guarda. Nas eleições realizadas na última quinta-feira, o actual director da ESEG, entre 20 votantes, obteve 15 votos contra apenas três de Rosário Santana, ex-subdirectora da instituição, tendo-se ainda registado um voto branco e outro nulo. O professor quer agora continuar a fazer da escola uma das melhores do país.

«Obviamente» satisfeito por ter sido reeleito, ainda para mais com resultados que «não deixam margem para dúvidas», Joaquim Brigas diz que a votação atesta o «reconhecimento do trabalho e da dedicação em prol da ESEG». Por outro lado, a «confiança» demonstrada pela Assembleia de Representantes – composta por professores, alunos e funcionários – confere-lhe uma «responsabilidade acrescida» para levar por diante mais um mandato de três anos, o terceiro e último à frente da escola. O nome do novo sub-director só será conhecido após a homologação das eleições. Um dos motivos que esteve na origem da sua recandidatura foi o facto da ESEG ter obtido o primeiro lugar, a nível nacional, em termos de taxas de ocupação. «Estes excelentes resultados não são apenas fruto do trabalho e dedicação de uma única pessoa, mas de um conjunto de órgãos da escola que conseguem trabalhar de forma articulada para o sucesso», destaca. A distinção da ESEG como a melhor do país ajudou a passar uma «imagem de marca» da instituição, sendo uma «bandeira» para o estabelecimento.

No entanto, este cenário «dificilmente» ocorrerá no próximo ano lectivo, em virtude da reabertura do curso de Português/Inglês que «dificilmente preencherá todas as vagas», reconhece o director. Em contrapartida, para a escola continuar com uma «boa performance» e «assegurar o êxito e a saúde da instituição para os próximos anos, necessitamos da criação de novos cursos», reclama. Para o efeito, Joaquim Brigas espera que «pelo menos algum» dos novos cursos propostos venha a ser aprovado, isto é, Artes Performativas Contemporâneas, Formação de Professores de Português e Estudos Sociais, uma área «carenciada», e ainda as variantes de Educação Especial para o 1º ciclo e Educação de Infância. O director espera então que haja uma «magistratura de influências» no sentido de se conseguir a sua aprovação, caso contrário «resultará prejuízo, não só para a escola, como também para o IPG, que tem vindo a perder alunos relativamente às instituições vizinhas», constata.

Doutoramento em Ciências da Comunicação será «passo de gigante»

Algumas das prioridades para o novo mandato consistem em «continuar a reforçar» ligações institucionais com o meio e disponibilizar uma série de serviços à comunidade, uma vez que «não faz sentido as instituições de ensino superior estarem fechadas dentro dos seus muros e, neste caso concreto, estamos a pensar proporcionar várias formações de diversa índole», revela. «Não só para os nossos alunos ou ex-alunos. Serão abertas a toda comunidade», garante, anunciando para muito breve a entrada em funcionamento de vários cursos de curta duração (24 horas) destinados essencialmente a forças de segurança e que vão contar com «especialistas na matéria a nível nacional», frisa. Terrorismo e Contra-Terrorismo, Segurança Nacional e Direito e Processo Penal Aplicados são alguns dos cursos já programados. Outra «mais-valia» é o Master em Gestão e Comunicação Empresarial, a iniciar em Setembro. Brigas pretende ainda continuar a «apostar na formação especializada e pós-graduada», relembrando que estão em fase de conclusão na ESEG dois cursos de mestrado, em Educação Ambiental e Educação Física e Desporto. Entretanto, a instituição propõe-se avançar com um doutoramento em Ciências da Comunicação, em parceria com a Universidade de Vigo. Trata-se de um «passo de gigante», tendo em conta que a oferta a este nível é de «grande responsabilidade, mas também muito prestigiante para a escola, para o IPG e para a própria cidade», sublinha. Em relação ao mandato que agora termina, Brigas considera ter conseguido concretizar «muito daquilo que havíamos proposto, com destaque para a criação de uma linha editorial», estando previsto futuramente o lançamento de uma revista internacional.

Ricardo Cordeiro

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