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Joaquim Brigas alerta para a necessidade de «mudança» no IPG

Director da ESE garante que Politécnico «ainda está a tempo de voltar a ser a principal âncora de desenvolvimento da região»

«Porque a Guarda não pode continuar a perder e o IPG não pode sucumbir, é necessária a mudança». É sob este lema que Joaquim Brigas, actual director da Escola Superior de Educação, concorre novamente à presidência do Instituto Politécnico da Guarda, cujas eleições estão agendadas para quinta-feira da próxima semana. No programa distribuído aos membros da Assembleia-Geral, o professor salienta que as «circunstâncias actuais dramáticas em que o IPG» se encontra, «exigem que ninguém fique indiferente, assistindo passivamente à morte lenta da mais prestigiada instituição do distrito da Guarda», sublinha.

Se nas eleições de há três anos, em que foi derrotado por Jorge Mendes, actual presidente, Brigas defendeu um novo projecto, as «circunstâncias» que hoje se verificam «exigem» que volte a disponibilizar-se «para salvar uma instituição que entrou em dramática agonia, sem que muita gente se aperceba da gravidade da situação», avisa. O IPG «precisa de se reconciliar com a comunidade onde está inserido e de projectar as capacidades e a valia das suas gentes», indica Brigas, defendendo que «num contexto de acentuada diminuição de alunos no ensino superior, com o posicionamento no interior do país, é necessário dinamismo e espírito de iniciativa que faça renascer a instituição», revela. Na mesma linha, o director da ESE considera que os últimos seis anos do IPG foram «marcados por um dramático decréscimo do número de alunos», o que provocou «reduções drásticas na atribuição orçamental, resultado da estéril acção da actual presidência». De resto, a «falta de diálogo» para com as instituições e as forças vivas da Guarda reduziu «a zero» a missão do IPG, enquanto agente de agregação da região, daí que a sua candidatura assuma uma «ruptura com esta política esgotada», refere.

Apesar do cenário pouco animador, Joaquim Brigas diz que «com o potencial que lhe resta», o IPG «ainda está a tempo de voltar a ser a principal âncora de desenvolvimento da região». Os objectivos gerais da candidatura apresentada pelo docente são cinco: a coesão interna, a afirmação da instituição, inovação e qualidade, internacionalização e competição e investigação científica. No mesmo sentido, algumas estruturas que Brigas pretende criar se chegar à presidência do IPG são um gabinete de inserção na vida activa, a Escola Superior de Saúde, uma incubadora de empresas, um centro de estudos de desenvolvimento regional, uma unidade de ensino à distância, a ampliação da ESE e a construção de um infantário.

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