Jorge Libânio, que, em 2008, concorreu contra João Prata nas eleições para a concelhia do PSD da Guarda, está agora com o actual presidente, que se recandidata ao cargo, integrando a lista como vice-presidente. Na equipa estão ainda Sérgio Duarte, também como vice-presidente, e José Gomes, candidato a presidente da Mesa.
Os nomes que acompanham João Prata, que vai disputar a liderança da concelhia no próximo dia 30 com o advogado Manuel Rodrigues, antigo vereador e líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal, foram revelados na última segunda-feira, em conferência de imprensa. Salientando que o seu grande objectivo é «unir os militantes em torno de um projecto», o candidato revelou que ainda «houve tentativas para que surgisse uma lista de consenso» nestas eleições. De acordo com João Prata, Manuel Rodrigues propôs-lhe que «abdicasse da candidatura à presidência da concelhia e entrasse na sua equipa como candidato à mesa da Assembleia», tendo o também deputado e presidente da Junta de São Miguel apresentado uma contraproposta em moldes idênticos. «Se não há lista única, a responsabilidade é de ambos os candidatos», acrescentou, adiantando ter sido «em nome de um consenso» que convidou Jorge Libânio e Sérgio Duarte para integrarem a sua equipa.
João Prata, que apresenta publicamente a sua candidatura na segunda-feira, irá revelar nessa altura outros nomes que o acompanham, bem como «mais algumas linhas do projecto», entre as quais o já anunciado Conselho de Opinião. Vítor Oliveira, Helena Ravasco e Isabel Curto são outros dos militantes da sua candidatura. A ser reeleito, João Prata entende que o facto de ser presidente da Junta de S. Miguel e também deputado na Assembleia da República não será «obstáculo» ao desempenho das suas funções na concelhia. A diversidade de cargos «pode, obviamente, contribuir para um bom trabalho», defendeu. «Tenho condições, com a equipa que escolhi, para liderar melhor e diferentemente o PSD da Guarda», disse, para depois considerar que «uma só pessoa não consegue fazer tudo». «Dou muito valor ao trabalho de equipa», acrescentou. Confrontado com a existência de algumas vozes críticas no partido quanto aos resultados eleitorais das últimas autárquicas, João Prata desvalorizou o assunto e disse ter «ideias, projectos e vontade».
«Parece-me que reúno condições para poder continuar a dar a minha colaboração e o meu contributo ao PSD», respondeu. Quanto às próximas municipais, o actual presidente da concelhia não fechou a porta a uma possível candidatura à Câmara da Guarda: «Quem se candidata a este lugar é natural que perceba que pode ter de assumir essa responsabilidade», disse, admitindo «já ter ponderado essa possibilidade em 2009». No entanto, tinha que «terminar um ciclo» e «cumprir o terceiro e último mandato como presidente da Junta [de S. Miguel]», sublinhou. Uma coisa é certa. Desta vez, a escolha do candidato está longe de estar feita e «será construída com o apoio dos militantes e da sociedade da Guarda».