«O PS vai regressar rapidamente ao poder se quem está na Câmara não fizer um bom trabalho». O aviso é de João Pedro Borges, o novo presidente da concelhia socialista da Guarda, que foi eleito por 53 dos 66 militantes que foram votar na passada sexta-feira (129 estavam em condições de o fazer). Nestas eleições registaram-se ainda cinco votos brancos e oito nulos.
«É um resultado normal tendo em conta que só houve uma lista», refere o sucessor de Nuno Almeida, cuja primeira tarefa deste mandato de quatro anos é reestruturar o partido. «A concelhia tem mais militantes sem as quotas em dia e é esses que pretendemos fazer regressar para que o PS volte a crescer na Guarda», afirma João Pedro Borges. O líder admite que a derrota nas últimas autárquicas contribuiu para «este afastamento», mas «o PS também perdeu porque, se calhar, nem toda a gente se empenhou como devia na campanha», acrescenta. Nesse sentido, diz-se preparado para uma «travessia do deserto» e promete fazer uma oposição «séria e credível em prol do desenvolvimento da Guarda». Sobre a situação financeira da Câmara, o jovem dirigente admite estar preocupado mas quer saber «quais são as contas» de Álvaro Amaro, que, na sua opinião, devia ter apresentado os resultados da auditoria interna.
O presidente da concelhia promete abrir o partido à sociedade e até admite não agir contra os militantes que apoiaram Virgílio Bento. «Quero um PS o mais integrador possível. Nas autárquicas houve situações de que não gostámos, mas essas pessoas tiveram os seus motivos para seguirem esse caminho e agora estamos disponíveis para os ouvir e saber se querem continuar connosco. O que me interessa é o futuro e para isso temos que saber como estamos para depois ir lá para fora mais unidos», adianta João Pedro Borges.