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«Já há uma cultura de água que não existia na Guarda»

Cara a Cara – Entrevista

P – Em média, quantas pessoas utilizam as piscinas municipais mensalmente?

R – Neste momento temos mil utentes alunos, cerca de 300 fidelizados, mais quatro organismos com cerca de 250 funcionários utilizadores e ainda as escolas. No total, contabilizamos cerca de 30 mil entradas por mês.

P – Quais são as faixas etárias que mais frequentam as piscinas?

R – Os jovens com idades entre os 6 e os 20 anos são os principais utilizadores das piscinas. No entanto, actualmente estamos com muita utilização não só das piscinas, mas do edifício em si no que diz respeito às aulas de aeróbica e outras componentes, numa faixa etária entre os 25 e 45 anos, e na sua maioria mulheres.

P – Quais são, por norma, as modalidades mais escolhidas pelos utentes?

R – Onde temos mais utilizações é nas modalidades infantis, porque estão sempre três turmas das 17 horas até por volta das 20 horas. Depois há toda uma prática de manutenção, onde se enquadra a aeróbica, a manutenção, as hidroginásticas e aperfeiçoamentos de natação.

P – Como funcionam as actividades com grupos infantis?

R – Tudo depende. Há a adaptação ao meio aquático, em que as crianças vêm com os pais. São turmas muito mais pequenas, no máximo oito, porque funcionam no tanque de aprendizagem e em que há uma adaptação da criança e do pai/mãe dentro de água. Porém, só recomendamos a prática a partir dos 2 anos, por causa dos tratamentos da água. Depois há uma evolução por eles próprios.

P – Há um maior índice de frequência no Inverno ou no Verão?

R – No Verão, ou seja, em Junho, Julho e Agosto, temos uma média de 360 utentes por dia, enquanto que no Inverno fazemos uma média mensal que dá cerca de 12.500 utilizações.

P – O ano de 2005 foi o primeiro em que as piscinas deram lucro, pode falar em valores?

R – No final do ano só apresentámos cerca de 15 mil euros de lucros. No entanto, a empresa não tem esse fim, já que não há dividendos, para além disso é uma empresa pública que não tem de apresentar lucros nem prejuízos. Foi um ano muito favorável para a “Guarda – Cidade Desporto”, houve um crescimento de alunos que nunca tinha sido atingido. Neste momento já há uma certa cultura de água que não existia na Guarda.

P – Costuma haver reclamações?

R – Uma das reclamações mais frequentes é que a água está fria. As piscinas têm sempre um valor mínimo da temperatura, entre 24 e 29 graus, e neste momento posso dizer e provar que nunca temos quebras abaixo dos 28 graus. E isto só ocorre no tanque 1 e mesmo assim tenho queixas. Já a média do tanque 2 anda à volta dos 31,5 graus e o outro nos 29,5, por isso, um grau de diferença de um tanque para o outro sente-se e muito. Contudo, não posso aumentar as temperaturas até por uma questão de qualidade, porque se o fizer vou ter de subir ainda mais os tratamentos e os químicos. As pessoas têm que ter a noção de que as piscinas trabalham com a saúde pública e, neste caso, como alguém dizia, mais vale gastar um dólar em desporto e saúde do que gastar 10 dólares para depois manter uma pessoa no hospital.

P – Que actividades estão previstas para este ano?

R – Para já vamos manter as mesmas, só as iremos adaptar ao que os utentes preferem.

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