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Italiano voou mais longe em Linhares

Aaron Durogati não deu hipóteses à concorrência no Vº Festival Nacional do Inatel que terminou no domingo

Os céus da Aldeia Histórica de Linhares da Beira, no concelho de Celorico, voltaram a encher-se de cor e movimento no último fim-de-semana durante a quinta edição do Festival Nacional de Parapente do Inatel. Em simultâneo, disputaram-se também a Pré-Taça do Mundo – Competição Internacional da Serra da Estrela e a “mítica” competição B, enquanto o Nacional, tal como se esperava, esteve ao rubro naquela que foi a última competição da prova. Os novos campeões de Portugal foram coroados na “catedral” da Serra da Estrela.

O voo de lazer também não faltou durante os quatro dias do evento realizado na aldeia que é conhecida como a capital nacional do parapente, por ser o melhor local nacional para a prática competitiva desta modalidade. A “prova rainha” da Serra da Estrela foi a última das cinco etapas do Nacional, tendo Linhares da Beira assumido a candidatura à organização da Taça do Mundo no próximo ano. O italiano Aaron Durogati venceu as duas mangas da prova principal, totalizando dois mil pontos, mais 125 que Nuno Virgílio, enquanto Ivo Duarte foi terceiro com 1.667 e Eduardo Lagoa quarto com 1.633. Contudo, foi Nuno Gomes (CSD Câmara de Lobos – Madeira), que não foi além do 16º lugar com 1.187 pontos, que conquistou o título de campeão nacional à frente do colega de equipa Nuno Virgílio, número 1 do “ranking” nacional. Em terceiro lugar ficou Ivo Duarte (Associação de Parapente do Algarve), enquanto a favorita Sílvia Ventura levou a melhor nas senhoras. Por clubes, ganhou o CSD Câmara de Lobos.

A competição internacional envolveu uma centena de pilotos de todo o mundo. Portugal, Espanha, Argentina, Japão, Alemanha, Itália, França, Hungria, República Checa, entre outros países, tiveram os seus melhores representantes a voar naquela que, de acordo com a organização, é «a maior competição nacional e uma das maiores europeias». À semelhança das edições anteriores, a iniciativa apostou forte no lazer, com um programa aberto a iniciados e a curiosos, que permitiu congregar 200 pessoas, entre competição e lazer, nos céus do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE). Também os pilotos que participaram apenas por lazer, vindos de diversos pontos do país, ficaram rendidos aos “encantos” da Aldeia Histórica. Paulo Constantino, de Vila Nova da Barquinha, realçou que Linhares «sempre teve boas condições para a prática da modalidade, especialmente para o ensino do parapente de montanha», recordou.

Por seu turno, aos 60 anos, António Fontes, de Cabeceiras de Basto, não hesitou em escolher o distrito da Guarda para realizar o seu primeiro voo após um intervalo de três anos e meio provocado por dois acidentes: «Este é um momento que até merece ser contemplado. Este local é maravilhoso, aliás foi o eleito para fazer este primeiro voo após o interregno», declarou. O V Festival de Parapente de Linhares foi organizado pela Fundação Inatel, com o apoio técnico da WIND, Escolas de Parapente – Portugal e o apoio da Câmara de Celorico da Beira e da Junta de Freguesia de Linhares da Beira.

Ricardo Cordeiro Os parapentes voltaram a proporcionar momentos de rara beleza nos céus da Aldeia Histórica

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