O Instituto Politécnico da Guarda deverá ter menos 74 vagas em 2013/2014 do que em relação há um ano, enquanto a UBI mantém a oferta do ano passado.
Constantino Rei, presidente da instituição guardense, apresenta como principais alterações o fim da licenciatura em Secretariado e Assessoria de Direção e a existência de apenas um grupo de entrada em Enfermagem. Até aqui, o IPG disponibilizava duas fases de entrada, uma em setembro e outra em fevereiro, que o ano passado compreenderam 85 vagas, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). Já no que diz respeito a outras reduções, o responsável defende que «existem, mas não são tão significativas».
A média dos exames nacionais da primeira fase também preocupa o responsável, uma vez que as principais disciplinas ficaram em terreno “negativo”. O exame de Português igualou o pior resultado de sempre, ao apresentar uma média de 8,9 valores (de 0 a 20), registo igual a 2011. Entre as provas mais “concorridas” seguem-se Matemática A e Biologia e Geologia, com uma média na ordem dos 8,2 e 8,1 valores, respetivamente. Já o exame de Física e Química A voltou a ter a média mais baixa, ao ficar-se pelos 7,8 valores. Recorde-se que um aluno, para se poder candidatar ao ensino superior, terá de ter mais de 9,5 valores nas provas de ingresso do respetivo curso.
O presidente do IPG admite que a situação «preocupa, mas ainda é cedo para percebermos os efeitos». Porém, deixa antever dificuldades redobradas: «Quanto mais baixas forem as notas e menos os candidatos, mais prejudicadas são as instituições do interior, pois os estudantes vão concentrar-se no litoral», acredita Constantino Rei.
Por sua vez, a Universidade da Beira Interior (UBI) terá 1.295 vagas, as mesmas que em 2012/2013, distribuídas por 24 licenciaturas e cinco mestrados integrados. A novidade é a licenciatura em Ciências da Cultura que se estreia este ano e abre com 20 vagas, ocupando assim o espaço “deixado” por Filosofia. António Fidalgo, que em breve assumirá as funções de reitor da UBI, reitera que «o próximo ano letivo vai ser de grandes dificuldades para o ensino superior». O professor mostra-se preocupado com os resultados dos exames nacionais, o que é ainda mais grave «se somarmos as crescentes dificuldades económicas das famílias, o desemprego jovem e a perda da população no interior». Porém, o reitor recém-eleito afirma que «a formação superior é sempre uma mais-valia, pelo que os jovens devem continuar a apostar nela», sem esquecer «novos públicos, como os desempregados e maiores de 23 anos, que devem procurar formações complementares que lhes serão certamente muito úteis», considera.
António Fidalgo recebido na Câmara da Covilhã
O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, recebe esta manhã António Fidalgo, nos Paços do Concelho. A receção, para apresentação de cumprimentos ao novo reitor da UBI, terá lugar pelas 12 horas no Gabinete do presidente do município.
Sara Quelhas 
