O presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) defende que os Cursos de Especialização Tecnológica (CET) devem ser «prioritariamente concentrados» nos Politécnicos ou noutras instituições de ensino desde que associadas ao ensino superior.
Mas esta não foi a única sugestão que Constantino Rei partilhou na última sexta-feira com os participantes do Fórum “Novo Millenium”, reunido nos Serviços Centrais do IPG para debater a formação pós-secundária não superior em Portugal. O professor também pediu igualdade de financiamento, lembrando que «os alunos de CET nas escolas profissionais, que são apoiadas com fundos comunitários, não pagam as propinas exigidas a quem opta por frequentar formação similar nos Politécnicos, o que é incompreensível». De resto, o presidente do IPG sublinhou a importância local e regional dos CET, por proporcionarem «a única ocasião de profissionais se qualificarem», mas lembrou a necessidade de serem avaliados em termos de taxas de inserção, empregabilidade e de prosseguimento de estudos por parte dos formandos. «É necessário enfrentar o desafio da qualidade destes cursos», considerou.
O mesmo defendeu Vladimíra Drbalová, vice-presidente do Comité Económico e Social Europeu, argumentando que, apesar da crise, as empresas dos países mais desenvolvidos não conseguem encontrar trabalhadores qualificados. «A falta de competências profissionais será um dos grandes obstáculos ao crescimento económico nos próximos anos», declarou. O encontro juntou estudantes, formadores e professores, numa organização é da rede de parceiros que envolve, entre outros, os Politécnicos da Guarda e Castelo Branco, as Universidades da Beira Interior e do Minho, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), a Associação para a Formação Tecnológica e Profissional da Beira Interior (AFTEBI), a Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL) e as Associações Empresariais da Região da Guarda (NERGA) e Castelo Branco (NERCAB).