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IPG organiza I Concurso de Robô Bombeiro a nível nacional

Evento inédito decorre este sábado no pavilhão municipal de S. Miguel e conta com escolas de vários pontos do país

O primeiro concurso a nível nacional de Robô Bombeiro vai realizar-se na Guarda este sábado. Organizado pelo departamento de Informática do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), o evento tem como objectivo promover a Robótica, que será «sem dúvida» uma das tecnologias chave do século XXI, e proporcionar um evento extracurricular «interessante e divertido». Durante um dia, os alunos poderão aplicar na prática os conhecimentos multidisciplinares adquiridos em cursos de engenharia e informática de todo o país, explica Natália Gomes, elemento da comissão organizadora.

Em termos gerais, trata-se de uma competição de robótica que põe à prova pequenos robôs autónomos e móveis no âmbito da qual as diversas equipas das escolas do ensino superior, profissional e secundário participantes têm que desenvolver robôs com as medidas e exigências do regulamento. Cada “boneco” deve conseguir deslocar-se sobre um labirinto específico, onde deve encontrar uma vela acesa que deve apagar. O concurso tem várias etapas, mas no final ganha o robô que conseguir apagar a vela mais rapidamente e «sem exceder os limites impostos no regulamento», sublinha Natália Gomes. A prova, inédita em Portugal em termos de robôs bombeiros para extinção de incêndios, terá três classificações, recebendo cada equipa contemplada (cada grupo é formado por três alunos) um troféu, livros sobre Robótica e um prémio monetário, ainda por definir. O I Concurso Robô Bombeiro vai realizar-se no pavilhão municipal de S. Miguel e contará com a participação de dez equipas do IPG, mais a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, Instituto Superior de Línguas e Administração, Colégio Internato dos Carvalhos, Escola Secundária Infante D. Henrique (ambas do Porto) e ainda a Escola Profissional de Trancoso. As inscrições foram abertas a todos os estabelecimentos de ensino nacional através de um “site” na Internet e terminaram no final do mês passado.

Natália Gomes está satisfeita com o número de participantes, entendendo que a Robótica «é o futuro» e a «tecnologia chave» que imperará no século XXI, «daí estarmos a incentivar os nossos alunos a usá-la», realça. A intenção, diz a docente do departamento de Informática do IPG, é que no futuro estes robôs ajudem mesmo os bombeiros a detectar e a extinguir os incêndios. Recorde-se que já em Junho do ano passado os alunos do terceiro ano de Engenharia Informática realizaram concursos de robôs bombeiros entre si. Carlos Carreto, docente da cadeira de Robótica e um dos organizadores do concurso, explicou a “O Interior” que o objectivo é «incentivar» os estudantes a construírem um robô manual capaz de detectar um incêndio num pequeno compartimento de 2,5 metros quadrados, simulado pela chama de uma vela, e extingui-lo. Um projecto que pode vir a aplicar-se em casos práticos e em dimensões reais, acrescenta o docente, referindo que apenas na Universidade de Aveiro se desenvolvem projectos deste género, mas os estudos levados a cabo no IPG são «únicos em Portugal», frisa Carreto.

Rita Lopes

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