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Indemnizações da Nova Penteação desbloqueadas

O pagamento de 750 mil euros foi acordado em 2003, mas só vai concretizar-se nos próximos dias

Um grupo de 300 ex-trabalhadores da fábrica de lanifícios Nova Penteação, na Covilhã, vai receber nos próximos dias indemnizações reclamadas há quase quatro anos. O pagamento de 750 mil euros foi acordado no final de 2003, numa assembleia de credores em que o empresário Paulo de Oliveira, detentor do grupo de lanifícios com o mesmo nome, adquiriu a fábrica.

Através de um trespasse industrial, a unidade voltou a funcionar, com a designação de Tessimax, mas o negócio nunca transitou em julgado devido aos sucessivos recursos de outro empresário, Rui Cardoso – credor da Nova Penteação. A contestação do negócio deu origem a diferentes processos, um dos quais relacionado com o pagamento de custas num dos recursos e que «acabou por ser rejeitado pelo Tribunal Constitucional», confirmou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB). «Isto quer dizer que o trespasse industrial pode transitar em julgado e as indemnizações vão finalmente ser pagas», o que deve acontecer dentro de dias, acrescentou. Os trabalhadores estão «satisfeitos, mas ainda cépticos, dada a morosidade e dificuldades do processo», que motivou diversas acções e protestos organizados pelo STBB desde 2003. «Só vão acreditar quando o dinheiro entrar nas contas bancárias», garantiu o sindicalista. Concluído o processo da antiga Nova Penteação, outro caso está por resolver. Trata-se do pagamento de indemnizações da fábrica de confecções Eres, no Fundão. A unidade encerrou em 2002 e o Fundo de Garantia Salarial pagou cerca de 2,9 milhões de euros a título de salários e indemnizações, segundo dados da Segurança Social.

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