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Incêndios da Covilhã e Trancoso causaram prejuízos de milhões

Os danos diretos dos grandes incêndios do Caramulo, Picões, Trancoso, Mondim de Basto e Covilhã, ocorridos no último verão, ascenderam a 34,2 milhões de euros, revela um inquérito efetuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado na semana passada.

Este número resulta dos valores declarados pelos respetivos municípios e representa 0,02 do Produto Interno Bruto (PIB), tendo a área ardida sido de 27.918 hectares (0,30 por cento do território), refere o INE. A perda mais significativa verificou-se no incêndio do Caramulo (Viseu), com 13,9 milhões de euros (40,6 por cento do total), seguindo-se o de Picões (Bragança), com cerca de 10 milhões de euros, sendo este o valor aproximado dos prejuízos causados nos três grandes incêndios de Trancoso, Mondim de Basto e Covilhã. Nestes casos, os danos em infraestruturas atingiram 1,5 milhões de euros. Segundo o INE, em Trancoso e na Covilhã, os principais danos ocorreram ao nível do potencial agrícola, tendo em Mondim de Basto os impactos sido sobretudo no potencial florestal.

Estes cinco grandes incêndios afetaram 982 explorações e uma área agrícola de 1.924 hectares, tendo o total dos danos na agricultura rondado os 7,7 milhões de euros. Foram ainda danificados 197 edifícios, havendo a assinalar cinco pessoas desalojadas, estimando-se que neste domínio um impacto direto de 1,5 milhões de euros. Trancoso foi o município que registou mais edifícios afetados (73) e danos de 1,2 milhões de euros, 81,6 por cento dos danos reportados na totalidade dos incêndios. Por resolução do Conselho de Ministros, foi atribuído ao INE a responsabilidade de realizar um inquérito destinado a inventariar os impactes dos incêndios de grandes dimensões e gravidade, na esfera priva e pública, junto dos municípios atingidos, em articulação com outras entidades.

Entretanto, começa hoje a fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, estando no terreno 5.175 operacionais, 1.251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia. A partir de 1 de julho entra-se na fase Delta, considerada a mais crítica em incêndios, que decorre até 30 de setembro.

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