Arquivo

Ilda Figueiredo quer marca própria para os têxteis da região

Regadio da Cova da Beira mereceu também a preocupação da eurodeputada comunista na visita ao distrito de Castelo Branco

Em visita ao distrito de Castelo Branco no final da semana passada, a eurodeputada comunista Ilda Figueiredo desafiou o Governo português a exigir a concretização do programa comunitário de incentivo à criação de marcas e à promoção externa dos produtos do sector têxtil e de vestuário, aprovado pelo Parlamento Europeu no passado 29 de Janeiro.

Uma proposta que engloba ainda o apoio à investigação, à inovação, à formação profissional e às Pequenas e Médias Empresas (PME), principalmente para as «regiões mais desfavorecidas dependentes do sector», onde se inclui a Beira Interior, observa a eurodeputada. Para Ilda Figueiredo, é «fundamental» que as empresas têxteis e de confecções possam «produzir as suas próprias marcas» e evitar assim a dependência das empresas estrangeiras e das grandes multinacionais. Ainda para mais quando se trata de tecidos produzidos com bastante «qualidade», costurados pelos grandes estilistas europeus como se fossem de «grandes marcas italianas ou francesas». A necessidade de identificar os têxteis da região através de uma marca própria é, aliás, a preocupação dos parceiros do projecto ReAdapt – Rede para o Desenvolvimento Social e Económico da Covilhã – onde estão integradas a Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), a Câmara da Covilhã, o Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios (CILAN), o Centro de Formação Profissional da Indústria de Confecção (CIVEC), UBI, a Santa Casa da Misericórdia, o Sindicato Democrático dos Têxteis (Sindetex) e a Global Change (empresa de consultadoria).

O Regadio da Cova da Beira, projecto que iniciado há mais de 40 anos, mereceu também a atenção de Ilda Figueiredo. Embora a sua conclusão só esteja prevista em 2009, a deputada espera que grande parte do investimento hidroagrícola seja feito até 2006, altura em que terminam os fundos comunitários no âmbito do III QCA. Perante a incerteza do que acontecerá para Portugal em termos de apoios a partir de 2006, a eurodeputada comunista apelou ao aproveitamento destes fundos e para que o Orçamento de Estado «não falhe» neste investimento, pois sem esses meios financeiros o projecto «não avança», receia.

Sobre o autor

Leave a Reply