Os dez mil portadores do Cartão Municipal do Idoso da Câmara da Covilhã vão beneficiar em breve de um “check-up” anual gratuito prestado nas unidades de saúde da cidade.
O protocolo de colaboração foi assinado no último sábado entre a autarquia covilhanense, o Hospital Pêro da Covilhã e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, de modo a disponibilizar aos idosos um «acesso facilitado aos cuidados de saúde», explica Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) com este diagnóstico geral efectuado pelo menos uma vez por ano nos centros de saúde da Covilhã. À Câmara cabe avisar os doentes do dia da consulta e, em alguns casos, transportá-los até às unidades de saúde. Depois uma equipa multidisciplinar com sete ou oito técnicos especializados em medicina, sociologia e serviço social vai avaliar e acompanhar o doente em todos os exames.
Uma iniciativa «louvável», sublinha Fernando Andrade, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, que «demonstra bem a preocupação que existe na prevenção e na preocupação da autarquia acompanhar os esforços do centro de saúde e do hospital». Apesar de se tratar ainda de uma iniciativa inédita no país, Fernando Andrade defende uma «maior responsabilidade» das autarquias na saúde do concelho, principalmente para com os idosos pois são estes que mais dificuldades têm em deslocar-se ao centro de saúde. «Vou levar o programa no bolso para tentar que outros municípios possam seguir este exemplo», admitiu Fernando Andrade aos jornalistas.
Para o presidente da ARS do Centro, as unidades de saúde da Covilhã «estão prontas» para receber os dez mil doentes. «É claro que não conseguem responder a dez mil pessoas num mês ou dois» mas que serão todos «programados» para fazerem o exame geral ao longo do ano. «É uma questão de calendarização e organização», sublinha.
Também Carlos Pinto se mostrava bastante «satisfeito» com a assinatura do protocolo, defendendo que o mesmo iria permitir evoluir para um «patamar elevado» de cuidados e prestação de saúde «necessário» para os mais idosos. E nesse sentido, Carlos Pinto adiantou ainda a vontade de estender este modelo à medicina dentária. Os custos deste modelo ainda não estão calculados, mas as despesas serão repartidas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pela Câmara da Covilhã.