Na passada quinta-feira, o Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela (MAIS), autarcas e empresários da região foram recebidos por todos os grupos parlamentares na Assembleia da República, tendo apelado ao seu empenho para que estas vias sejam «incluídas nas prioridades do Governo» no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio.
«Todos os partidos são favoráveis, à exceção do PSD que acha que não vai haver dinheiro no quadro comunitário e apoio para as obras, a não ser para pequenos troços de dez quilómetros. O CDS-PP diz que ainda anda a fazer o levantamento dos projetos», declarou porta-voz do movimento, Mário Jorge Branquinho. Entretanto, a comissão coordenadora distrital do Bloco de Esquerda (BE) da Guarda saiu em defesa da construção dos Itinerários Complementares (IC’s) da Serra da Estrela, que considera um investimento para «combater o interioricídio». A estrutura liderada por Marco Loureiro critica a exclusão dos IC6, 7 e 37 da lista de obras prioritárias apresentada recentemente Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado.
«Esta decisão demonstra, mais uma vez, a falta de compreensão dos sucessivos governos sobre a importância destes itinerários para o aumento da coesão territorial e, ao mesmo tempo, para combater o interiocídio», sublinha o BE. Nesse sentido, a distrital bloquista diz que a execução destes investimentos, no âmbito do quadro de apoio comunitário 2014-2020, é «prioritária» para o desenvolvimento do território da Beira Serra e Serra da Estrela. «As populações merecem que as consecutivas promessas políticas, protagonizadas em vários períodos eleitorais, sejam de verdade cumpridas, possibilitando assim a criação de condições de crescimento e competitividade», sustenta o BE.
