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Hotel Turismo entregue ao grupo MRG

Proposta de adjudicação já seguiu para a Direção-Geral do Tesouro e Finanças

O Turismo de Portugal já terá proposto ao Ministério das Finanças a promulgação da adjudicação da requalificação e gestão do Hotel Turismo da Guarda ao agrupamento formado pelas empresas MRG – Property e MRG – Construction, do grupo Manuel Rodrigues Gouveia. Foi o único concorrente que se apresentou ao concurso público para a concessão do direito de superfície no âmbito do programa REVIVE.

Segundo apurou O INTERIOR, o despacho final cabe agora à Direção-Geral do Tesouro e Finanças, mas ainda não foram divulgadas as condições e os valores deste negócio. O hotel guardense é um dos 33 imóveis inscritos no REVIVE, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias, para promover os processos de rentabilização e preservação de património público que se encontra devoluto. Este foi o terceiro concurso do programa a ser lançado depois do Convento de São Paulo em Elvas, cujas obras já se iniciaram, e dos Pavilhões do Parque D. Carlos I nas Caldas da Rainha. No caso do Turismo, a futura unidade terá ainda uma componente de formação assegurada em articulação com o Instituto Politécnico da Guarda. O concurso limitado por prévia qualificação foi aberto em julho passado, tendo o agrupamento de empresas do grupo MRG formalizado a sua proposta para assumir a empreitada e gestão do equipamento em novembro último.

Os critérios de adjudicação tiveram em conta a proposta economicamente mais vantajosa ponderada com fatores como o valor do montante anual da contrapartida (ponderação de 70 por cento) e a percentagem de utilização como empreendimento turístico hoteleiro superior a 50,1 por cento (30 por cento). O objetivo do Governo é concessionar o novo Hotel Turismo por 50 anos a privados, tendo o edifício sido reavaliado recentemente em 1,5 milhões de euros. Desenhado por Vasco Regaleira, o edifício foi vendido em 2011 ao Turismo de Portugal por 3,5 milhões de euros para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola de hotelaria, mas o projeto não saiu do papel e o imóvel está desde então de portas fechadas e a degradar-se.

Em 2015, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças realizou uma hasta pública para venda do imóvel que ficou deserta. Posteriormente, o edifício foi novamente colocado à venda, pelo valor de 1,7 milhões de euros, através de um concurso público de arrendamento com opção de compra, mas a empresa interessada no negócio desistiu. A unidade fechou portas em novembro de 2010, pouco depois da Assembleia Municipal ter decidido a dissolução da Sociedade Hotel Turismo e a venda do imóvel ao Turismo de Portugal.

Luis Martins Unidade desenhada por Vasco Regaleira está fechado desde novembro de 2010

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
Todos nós cidadãos metemos lá 4 milhões agora o hotel é dado. Assim funcionam os negócios ruinosos das autarquias e do Estado.
 

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