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Hotel Turismo é prioridade para Álvaro Amaro

O candidato do PSD/CDS-PP apresentou as listas à Câmara e à Assembleia Municipal, assim como os traços gerais do seu programa. Marques Mendes diz que os guardenses estão a viver «oportunidade histórica».

A Fanfarra À Pressa (Porto da Carne) e os Les Saint Armand (Porto) abriram as “hostes” no Jardim José de Lemos, no passado domingo, naquela que era a festa de Álvaro Amaro. O ainda autarca de Gouveia apresentou o Hotel Turismo como a principal referência do seu programa, pois garante ir «devolvê-lo à Guarda», mesmo que isso implique «não fazer mais nada» em quatro anos. Porém, o candidato não explicou como pensa consegui-lo.

O projeto de Álvaro Amaro contempla a primeira Feira Ibérica do Turismo, o financiamento da portagem de Vilar Formoso à Guarda para quem durma numa unidade hoteleira da cidade, a reabertura da Pousada da Juventude e a criação do CEI «dois», desta feita Centro Estratégico de Investimento, que tem como alvo «residentes no estrangeiro que queiram apostar no concelho», defende. A reabilitação urbana é outro dos destaques, com «uma lógica de capital europeia para o centro histórico», com estacionamento e a Rua do Comércio coberta; uma melhor ligação entre o Bairro N. Sra. Dos Remédios e o Bairro da Luz, uma via desde a rotunda do McDonalds ao Bairro N. Sra. De Fátima (Sequeira) e a «saída» dos camiões TIR da cidade para um parque na PLIE.

Também «não é possível ter este mercado municipal, onde nenhum comerciante está satisfeito porque está às “moscas”», considera o candidato. A candidatura “Guarda com futuro” quer a sede da nova comunidade intermunicipal e ainda a troca do “M” pelo “N” em TMG, constituindo o Teatro Nacional da Guarda. As restantes propostas focam o arrendamento e o emprego jovem, bem como o orçamento comunitário 2014-2020 e o apoio a famílias vulneráveis na aquisição de medicamentos. O Orçamento Participativo também está no horizonte: «Vamos dizer o dinheiro que há e perceber onde o gastar melhor», realça. «Se nós ganharmos, e vamos ganhar, as bandeiras vão para o baú», garante o autarca gouveense, que se assume como «uma liderança com experiência».

Marques Mendes apresentou-se como cidadão e não como político: «Estou aqui de livre vontade, não sou candidato a nada. Abri algumas exceções nesta campanha eleitoral e esta é uma delas», atestou. O ex-líder do PSD considera que a Guarda «tem vindo a baixar de divisão», assegurando que se trata de um «problema de liderança». «Não aconselhei o Álvaro Amaro a candidatar-se porque acho que do ponto de vista pessoal vai perder e tinha outras oportunidades», vincou Marques Mendes. «Esta é uma oportunidade histórica porque ele tem poder de influência para colocar esta cidade no mapa», referiu. Já João Rebelo, secretário-geral do CDS-PP, afirmou que o concelho estagnou: «Há cidades que tiveram as mesmas possibilidades e as aproveitaram, tendo um desenvolvimento muito diferente», atirou. Destaque para a presença de Constantino Rei, mandatário da candidatura, Ana Manso, Rui Quinaz, Pedro Tavares e José Gomes.

Chaves Monteiro é o número dois

Carlos Chaves Monteiro, advogado e dirigente do Guarda Unida Desportiva, é o número dois na lista de Álvaro Amaro à Câmara da Guarda. Seguem-se, por esta ordem, Ana Baptista, Sérgio Costa, Victor Amaral, docente do IPG (foi jornalista de O INTERIOR), Cecília Amaro, Henrique Monteiro, Cristina Pereira, Luís Cruz e Miguel Bandarra. «Esta coligação tem de ir para lá dos partidos», afirmou Amaro, acrescentando que «alguns elementos nunca tinham pensado vir para a política».

Já Fernando Carvalho Rodrigues vai encabeçar a lista à Assembleia Municipal. O cientista, num discurso mais extrovertido, pediu aos guardenses para «abrirem a porta do futuro, pois há 37 anos que é a mesma porta». Também João Prata, atual presidente da Junta de S. Miguel, foi apresentado oficialmente como candidato do PSD à Junta da Guarda. O autarca defende uma maior participação de pessoas e associações, bem como uma relação mais próxima entre a Câmara Municipal e as freguesias. «Tem de haver outro respeito pelos eleitos das juntas e da Assembleia Municipal», reivindicou.

Sara Quelhas

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