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Hospitais e ULS obrigados a reduzirem gastos em 2015

Documento do Ministério da Saúde que estabelece os princípios orientadores do processo contratual no que respeita a atividades, objetivos e resultados foi divulgado na sexta-feira

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) divulgou na passada sexta-feira o documento “Metodologia de contratualização 2015 – Hospitais e Unidades Locais de Saúde”, que estabelece os princípios orientadores do processo contratual a desenvolver pelas Administrações Regionais de Saúde (ARS) e respetivos hospitais e ULS no que respeita a atividades, objetivos e resultados a alcançar no próximo ano.

«Atendendo às fortes restrições financeiras e económicas do país», os hospitais e ULS devem elaborar os seus documentos económico-financeiros previsionais para 2015 de forma a atingir um EBIDTA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo em 2015, sublinha o documento. Para atingir esse resultado, devem suprimir totalmente a acumulação de novos pagamentos em atraso, identificando e implementando medidas de contenção e racionalização dos gastos. Os hospitais e ULS devem continuar a reduzir os gastos com pessoal, através da promoção da mobilidade dos profissionais de saúde, nomeadamente entre centros hospitalares e ULS, e entre cuidados de saúde hospitalares e cuidados de saúde primários. Devem também adotar medidas adicionais de reorganização ou reafetação de profissionais e serviços para reduzir a despesa com suplementos remuneratórios em geral, refere o documento publicado no site da ACSS.

Estes estabelecimentos de saúde têm também de assegurar que a receita própria obtida de entidades exteriores ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenha um valor idêntico ao previsto para 2014, sendo que «qualquer crescimento deve ser explicado e devidamente documentado». O documento refere que «o ano de 2015 continuará a ser extremamente exigente na procura da sustentabilidade económico-financeira do SNS, sobretudo no que toca à não-acumulação de novos pagamentos em atraso». Esta situação deve-se ao «quadro de forte restrição orçamental com que o SNS se tem confrontado, conjugado com a pressão crescente para o aumento da despesa em saúde que as alterações dos padrões epidemiológicos e demográficos colocam», justifica a tutela.

Em 2015, as entidades do Ministério da Saúde que compõem o Setor Empresarial do Estado passam a integrar o setor institucional das Administrações Públicas. Esta alteração tem implicações nos calendários e processos de contratualização hospitalar e do planeamento estratégico trianual que se iniciou em 2013, refere o documento.

Reduzir gastos com pessoal e suprimir novos pagamentos em atraso são algumas das recomendações da tutela

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