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“Heterodoxias” apresentadas na Guarda

Depois de Lisboa e Coimbra, realizou-se na Guarda a terceira sessão de lançamento das “Obras Completas de Eduardo Lourenço: I – Heterodoxias”.

No sábado, o pensador regressou à biblioteca que tem o seu nome para manifestar a sua perplexidade pelo sucesso da primeira edição deste «calhamaço», como lhe chamou, que está «a pontos de esgotar». Contudo, sempre adiantou que desconfia que o “responsável” por esta procura seja a atribuição do Prémio Pessoa 2011. «O “livrão” tem tido mais sucesso que os meus livros habituais, pelo que já não me posso considerar propriamente um autor sem leitores», ironizou perante uma sala cheia. Estas “Heterodoxias” foram apresentadas pelo estudioso da obra do ensaísta, e um dos coordenadores do primeiro volume, para quem Eduardo Lourenço é «uma das figuras cimeiras da cultura portuguesa do nosso tempo» e o reconhecimento que tem tido é «caso raro» em Portugal.

João Tiago Pedroso confessou que é «verdadeiramente impossível dar conta de toda a vastidão e dispersão» da sua obra, composta por «cerca de trinta livros e largas centenas de ensaios, prefácios, comunicações, intervenções na rádio e na televisão», entre outros suportes. A essas, juntou as “Obras Completas de Eduardo Lourenço: I – Heterodoxias”, que considerou «uma nova obra». Na sua opinião, lida na totalidade, o leitor ficará com «outra ideia da obra filosófica de Eduardo Lourenço». Esta edição resulta de um projeto da Universidade de Évora e da Fundação Calouste Gulbenkian.

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