António Ruas, presidente da Câmara de Pinhel, reivindicou a Hermínio Loureiro, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, o apoio do Governo para a construção de um pavilhão multiusos e de um complexo de piscinas. O governante marcou presença na última sexta-feira, na inauguração da IX Feira das Tradições e Actividades Económicas, que voltou a atrair muitos visitantes e expositores à “cidade-falcão”. Entre muita animação, foram 110 os expositores, de vários ramos, presentes no certame subordinado ao tema “Património Edificado” e só não foram mais porque a lotação das tendas instaladas no campo de futebol Astolfo da Costa não o permitiu.
O autarca pinhelense aproveitou a oportunidade para dizer que Pinhel necessita de um pavilhão multiusos que, para além de poder acolher outro tipo de actividades, passaria a receber a Feira das Tradições e Actividades Económicas, o que implicaria uma «redução de custos», assevera. Outra das estruturas de que Pinhel «precisa» é de um complexo de piscinas, uma ambição com vários anos. Confrontado com estes pedidos, que catalogou de «sonhos», Hermínio Loureiro frisou que António Ruas terá que «hierarquizar as prioridades e as necessidades» de modo a «definir aquilo que é o mais importante neste momento para o concelho». Neste sentido, tudo parece estar encaminhado para que o complexo de piscinas possa ser a primeira obra a candidatar aos fundos comunitários, ficando o pavilhão multiusos para mais tarde. O governante realçou que o III Quadro Comunitário de Apoio, que termina em 2006, é «uma oportunidade a não desperdiçar de forma alguma», uma vez que, com o alargamento da União Europeia a mais dez países já este ano, o IV QCA já «não será seguramente tão favorável a Portugal», alerta.
«É importante que, durante 2004, a Câmara de Pinhel tenha possibilidades objectivas de candidatar esta obra para ter apoio do III QCA», espera, dizendo-se confiante de que será encontrado o «enquadramento necessário para que este sonho do concelho se possa transformar em realidade». Sobre o pavilhão multiusos, o secretário de Estado realça que o facto de se tratar de uma estrutura «multifuncional» vai motivar a participação de «várias áreas da governação», indica, enquadramento que será necessário fazer agora. Quanto à feira propriamente dita, António Ruas sublinhou que o tema do certame foi escolhido para «chamar a atenção de todos quanto nos visitam» para o facto de Pinhel ser um «concelho rico em património», sendo a cidade portuguesa «com mais solares por metro quadrado», considerando que o futuro de Pinhel passa pelo turismo. Já o secretário de Estado considerou a feira «magnífica» e sublinhou o «esforço que é feito pelo poder local para preservar as tradições no nosso país», mas também para «combater as assimetrias» existentes entre interior e litoral. «Podemos observar uma conjugação entre o orgulho do passado, a muita confiança no presente e também muita esperança no futuro», considera.
Ricardo Cordeiro
