«Na atual situação, o parque TIR é, de facto, um espaço muito degradado e portanto não é sequer uma boa imagem nem para Vilar Formoso, nem para o país», considera a coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior.
Helena Freitas esteve na vila fronteiriça no sábado, numa iniciativa organizada pelo deputado socialista Santinho Pacheco para conhecer o estado de algumas das infraestruturas de Vila Formoso, a principal porta de entrada terrestre em Portugal. A responsável conheceu o parque TIR, a estação de caminhos-de-ferro, o edifício da antiga alfândega e a fronteira, tendo constatado «o abandono e a degradação» de alguns desses espaços. A coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior prometeu fazer chegar ao Governo estas questões, sobretudo a necessidade de requalificação do parque TIR e a sua valorização na futura ligação das autoestradas A25 e A62, do lado espanhol. Nesta passagem por Vilar Formoso, Helena Freitas destacou também a importância de se identificarem nos territórios os «projetos emblemáticos» na perspetiva do desenvolvimento. «Estes pequenos núcleos destas pequenas/médias cidades em sintonia e sinergia podem de facto potenciar projetos que tragam o valor que permite o emprego e valorizar os territórios para que as pessoas também se fixem neles. É esse o objetivo e foi isso que vim aqui fazer», afirmou a coordenadora.
Na sua opinião, o interior não é homogéneo, «existem realidades diferentes, assim sendo, não há um único modelo de desenvolvimento para todo o interior». Por isso, será «o trabalho nos territórios que permite analisar os problemas e encontrar soluções adequadas para cada um», acrescentou, sublinhando que «criar redes obriga também a esse tipo de posicionamento e de leitura dos territórios, e nós precisamos de redes quando não há densidade». Por sua vez, o presidente da Câmara de Almeida salientou a importância da requalificação do parque TIR, visto ser importante para a economia local. O nó de ligação da futura autoestrada a Vilar Formoso também foi um tema abordado por Batista Ribeiro, para quem este é «um assunto nacional porque o município não tem condições financeiras para avançar com as obras». A iniciativa dedicada ao tema das “Políticas transfronteiriças nos territórios da Raia” incluiu um debate.
