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Hélder Machado, um sopro de juventude na guitarra portuguesa

A guitarra portuguesa não tem segredos para Hélder Machado. Apesar dos seus 19 anos, este residente na Boidobra (Covilhã) leva já vários anos a dedilhar as 12 cordas deste instrumento tipicamente português.

O jovem iniciou-se na música aos 11 anos, na viola, mas passou para a guitarra portuguesa um ano mais tarde, seguindo uma ideia da mãe, «por ser um instrumento que tem poucos executantes na região», recorda. Para Hélder, são dois instrumentos «totalmente diferentes, desde a afinação à forma de tocar», mas o jovem prefere a guitarra portuguesa, que considera «mais entusiasmante»: «A emoção é muito maior», garante. Para esta escolha e a opção pelo fado foi igualmente importante «o entusiasmo e a paixão» do pai, fadista amador, acrescenta. Hélder Machado começou a acompanhar o progenitor pouco depois de se iniciar neste instrumento, atuando na Covilhã e noutros pontos da região e do país, tendo acompanhado fadistas como Pedro Moutinho, Ana Sofia Varela ou Mariza.

Já da parte do público confessa que «ainda hoje são normais os comentários de surpresa por verem alguém como eu à guitarra portuguesa», assim como as felicitações e incentivos. Hélder Machado espera que no futuro surjam mais jovens a tocar este instrumento, que considera «importante para dar a conhecer aos mais novos o fado e a sua importância na identidade nacional». Além da dedicação à guitarra portuguesa, o jovem estuda Marketing na UBI, faz parte da tuna Já b’UBI & Tokuskopus, integra o Rancho Folclórico do Refúgio e joga futebol na AD Estação. São várias atividades que tem conseguido «conciliar sem que nenhuma saia prejudicada», pois «o segredo está na gestão do tempo».

Quando terminar os estudos, o guitarrista quer seguir uma profissão ligada ao desporto, mas admite que a música, apesar de ser apenas um passatempo, «não é uma ideia esquecida» como opção profissional.

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