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«Havendo muita coisa que ficou por fazer na AAUBI, o mais importante foi feito»

Cara a Cara – Entrevista: Rui Garcia

P – Quando serão as eleições para o Conselho Geral e para a Associação Académica da UBI?

R – As eleições do Conselho Geral são dia 22 e as da AAUBI no dia 25 de Novembro.

P – O que espera deste escrutínio?

R – Que decorra dentro da normalidade, sem grandes problemas e com uma adesão maciça, tanto para o Conselho Geral como para a Associação Académica. Desta forma, só sai prestigiado quem for eleito neste sufrágio.

P – O que vai fazer se não aparecer nenhum candidato?

R – Seguramente que vão aparecer candidatos. Eu nem sequer ponho essa hipótese. Têm que aparecer.

P – Pensa recandidatar-se?

R – Não. A minha vida associativa com poderes deliberativos vai terminar no dia 26 de Novembro.

P – Como está a situação financeira e administrativa da AAUBI?

R – Em termos administrativos está a correr dentro do normal e dentro daquilo que era esperado. A nível financeiro, não vou dizer que estamos numa situação cem por cento saudável, mas não temos grandes dívidas e aquelas que temos são supríveis a partir do momento em que consigamos cobrar a quem nos deve. A Associação Académica da UBI deve algum dinheiro, mas também temos quem nos deva a nós. O balanço será sempre positivo.

P – E que balanço faz do seu percurso à frente da AAUBI?

R – É um bocado estranho estar a analisar o meu próprio trabalho, mas posso dizer que, havendo muita coisa que ficou por fazer, o mais importante foi feito. Falta acabar de “arrumar a casa”, acabar de fazer as obras na sede. No computo geral, penso que foi realizado um bom trabalho. Pensei fazer esse trabalho com a direcção com a qual fui eleito em 2009, tal não foi possível, mas dentro de todas as condicionantes que tivemos, posso dizer que a maior parte do trabalho foi bem feito.

P – O que ficou por fazer de mais significativo e que não tenha conseguido?

R – Regularizar, efectivamente, todas as contas da Associação Académica. Ou seja, deixar tudo certinho em termos contabilísticos para as próximas direcções usufruírem apenas daquilo que foi feito de bom.

P – O que pensa dos cortes anunciados pelo Governo para o Ensino Superior para o próximo ano?

R – Quando surgiu o decreto-lei 70/2010 dos cortes sociais, transversalmente a toda a sociedade portuguesa, tivemos o cuidado de dizer que isto não iria ficar por aqui e que o ensino superior seria atacado mais uma vez. Ora, essa situação veio realmente a acontecer com estes cortes agora anunciados. O que posso dizer é que é lamentável que o poder em Portugal continue a hipotecar o futuro do país com decisões que não vêm contribuir em nada para o desenvolvimento intelectual do próprio país. Nós estamos a cortar na educação, estamos a cortar no futuro de Portugal. Há três sectores primários nesta sociedade que têm que ser mantidos e privilegiados acima de qualquer crise: a saúde, a segurança e a educação. Ao nível da educação – aquilo que mais me diz respeito – é de lamentar que isto aconteça, porque se continua a hipotecar o futuro do país.

Rui Garcia

«Havendo muita coisa que ficou por fazer na
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