Li atentamente o último editorial de O INTERIOR, na sua última edição, e retiro cinco ideias:
1. A desindustrialização da Guarda.
2. A elevada inactividade involuntária da mão de obra.
3. A esperança afirmada pelo poder político local e a desesperança de uma parte da população.
4. A ineficácia da formação profissional.
5. A desigualdade de tratamento pública a empresas do tecido produtivo, sustento dos serviços públicos.
Reflectindo questiono:
a) Com tantos programas de incentivo ao emprego, à competitividade,às exportações, etc., como se justifica o declínio da actividade produtiva? E esses programas não chegam a todos os agentes económicos?
b) O poder político local sente-se capaz de trazer novos investimentos para a região? Como? Demonstrando aos potenciais investidores as vantagens competitivas da região (única via para que os negócios não sejam efémeros), ou está a depositar esperança na promessa do sr. ministro da Economia de englobar a Guarda como destino prioritário do investimento (a par de tantas outras regiões deste país)?
c) Os organismos públicos têm consciência das vantagens competitivas regionais e sabem como colmatar as desvantagens?
d) Um plano de Desenvolvimento Rural, englobando todo o distrito é uma resposta e aposta vencedora?
e) A massa cinzenta incógnita da comunidade (onde estão os empreendedores) tem sido “capturada” e aproveitada? Ou o conhecimento é propriedade exclusiva de determinados organismos?
Há muita passividade nesta comunidade. O tempo urge! É preciso actuar e não é muito difícil saber o que se deve fazer.
* título da responsabilidade da redacção
Maria Madalena Pina Prata Barros, carta recebida por email