Guarda Unida quer chegar aos Nacionais dentro de dois anos

Garantida a tão procurada subida à Iª Divisão Distrital, o Guarda Unida Desportiva (GUD) não esconde que a próxima meta é chegar ao Nacional de Seniores, um objetivo que, para o seu presidente, poderá ser alcançado dentro de dois anos. O clube apresentou na semana passada, em conferência de imprensa, os técnicos das diversas equipas e entregou diplomas de participação a cerca de 300 atletas.

António Gregório, que assegurou a subida e a conquista da Taça da IIª Divisão, continua a treinar os seniores, Telmo Frias assume o comando dos juniores, João Mário o dos juvenis e Hugo Neves “Kassongo” orientará os iniciados. Quanto às equipas de infantis vão ser treinadas por Tiago Reis (equipa A), Luís Cunha “Mocho” (B) e Bebeto (C). O presidente do GUD salientou que a nova época vai ser marcada por um «facto novo muito importante»: a disponibilização do relvado sintético no Campo do Zambito, o que permitirá melhores condições de treino. «Foi-nos assegurado pelo empreiteiro e pela Câmara que, até 15 de setembro, o relvado estará pronto para inaugurar», revelou António Pissarra, acrescentando que até estaria em condições de trazer uma equipa de seniores do Atlético de Madrid para a ocasião.

O dirigente realçou várias vezes que dar «um passo de cada vez» é o objetivo da direção, mas não escondeu que o GUD quer chegar ao Nacional e que «não tardará muito a que a Guarda tenha uma equipa» nesse escalão. Entretanto, o clube decidiu acabar com o futsal masculino, pois «não faz sentido no atual enquadramento», e o feminino deve seguir o mesmo caminho. Ao invés, através de uma parceria com o IPG, a Guarda voltará a competir na IIIª Divisão Nacional de voleibol. António Pissarra adiantou ainda que o subsídio atribuído pela autarquia tem sido «zero», daí considerar que «o que temos feito com tantas equipas e tanta atividade tem sido um milagre», pelo que espera que o município faça «algum investimento» no desporto.

Até lá, os objetivos para a próxima época no Distrital da Guarda passam por «aprender e organizar-nos», admitiu o presidente do GUD, para quem a subida à Iª Divisão «vai levar mais pessoas» ao Estádio Municipal. Em relação ao plantel sénior, o técnico adiantou que a «maior parte» dos atletas da época anterior mantém-se, juntando-se-lhes quatro ex-juniores e Queiroz, que está de regresso após uma época no Mileu. «Ambicionamos fazer o melhor possível e espero que os jogadores saibam aproveitar esta “montra”», declarou António Gregório, para quem «não é fácil» concretizar a ideia defendida várias vezes por António Pissarra de juntar no clube os melhores jogadores da cidade e do concelho: «Queremos jogar com os da Guarda mas os da Guarda têm que querer jogar na Guarda», sublinhou, aludindo ao facto do clube não ter capacidades financeiras para pagar aos seus atletas.

A este propósito, o presidente garantiu que na última época «não jogámos com as mesmas armas», pois o Pala «pagava aos jogadores e nós não», e exemplificou que foram os atletas do GUD quem custeou os seus equipamentos personalizados.