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Guarda, um enorme estaleiro*

A Guarda tornou-se nos últimos tempos num enorme estaleiro com crateras nos diferentes acessos à cidade, aliás, estou convicto que pode mesmo fazer inveja ao Rio de Janeiro, que se prepara para receber os Jogos Olímpicos de 2014. Haverá certamente múltiplas explicações para este facto, vou de seguida tentar ilustrar algumas, que me parecem plausíveis e ainda não foram explanadas, pondo de parte o facto deste ano haver eleições autárquicas.

1º- É uma forma subtil de mostrar à “troika” que há em Portugal crateras para além das financeiras, por outro lado, talvez só agora é que a dita “troika” dispensou, a preço de ouro, alguns trocos e foi possível à autarquia investir e criar assim uma cidade moderna, muito lamacenta/poeirenta.

2º- Talvez possa ser um modo extremamente subtil e até eficaz de chamar mais turistas e quiçá empresas para se instalarem junto desta nova rotunda com estas obras intermináveis, que em tempos era denominada “da Ti Jaquina”, onde a única “árvore” que teimosamente resistiu à intempérie foi um poste, já que as demais foram levadas pelo vento…

É notável! É importante notar que as ditas obras visam acima de tudo requalificar a zona “do arco comercial”, sendo assim fica a sugestão: porque não fazer ali uma espécie de “Macdrive on Sardinha”? Assim, enquanto o trânsito lentamente flui e não, seria possível levar para casa umas gambas “take away” ou mesmo parar nas imediações, fazer um piquenique e degustá-las ali mesmo para observar melhor a panorâmica e o andamento ou não dos trabalhos!

Decerto que era necessário requalificar a zona, já quanto ao tempo que demora, tal é discutível e a chuva não explica naturalmente tudo. Entretanto, o proto-acesso à VICEG não passa de uma miragem de outros tempos, ditos “aurélios”, foi com certeza enviado para as calendas gregas, pois claro…

Para finalizar, seria mesmo necessário empreender tanta obra em simultâneo?

*Título da responsabilidade da redação

Duarte Martins, carta recebida por email

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