O novo secretário-geral do PS é militante da secção concelhia da Guarda, onde votou a meio da tarde da última sexta-feira. Sem surpresas, António José Seguro foi eleito com uma larga vantagem sobre Francisco Assis.
Foi na Federação da Guarda que o sucessor José Sócrates obteve o melhor resultado a nível nacional, com 87,9 por cento dos votos. Seguro venceu em 13 das 14 concelhias, tendo apenas perdido na Mêda, de onde é originário o mandatário distrital de Francisco Assis, Cláudio Rebelo. Contudo, o antigo deputado pelo círculo da Guarda não conseguiu qualquer voto nas secções de Almeida e Sabugal, enquanto na principal concelhia socialista, a da sede do distrito, obteve apenas 14. António José Seguro teve 77. Em termos nacionais, o novo secretário-geral do PS foi eleito com 23.903 votos, correspondentes a 67,98 por cento, contra 11.257 de Francisco Assis (32,02 por cento). A vitória foi ainda mais esmagadora na eleição de delegados para o XVIII Congresso Nacional do PS, que vai decorrer em setembro. As listas subscritas por António José Seguro venceram por larga margem em todas as federações do país, incluindo no Porto, considerado um bastião de Francisco Assis. Num total de 1.857 delegados, Seguro elegeu 1.346 delegados, contra 511 do adversário.
No sábado à noite, no seu primeiro discurso enquanto líder do PS, António José Seguro afirmou que o Partido Socialista «fará uma oposição firme, responsável, construtiva e leal». Revelou também que «a agenda do PS vai dar prioridade máxima ao emprego» e reiterou que nesse dia se iniciou «um novo ciclo» na vida do partido. «Quero ser líder de todos e de todas as socialistas. Estou aqui para unir, assumindo toda a história do PS, os momentos felizes e os menos felizes», afirmou, avisando o PSD e o CDS que não podem contar com o seu apoio para fazer alterações constitucionais que «minem o Estado Social».