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Grande maioria dos europeus pouco ou nada interessados nas eleições

Seis em cada dez europeus «não estão interessados» nas eleições para o Parlamento Europeu que se realizam no final de maio (dia 25 em Portugal), revela uma sondagem divulgada esta quinta-feira.

Apesar dos esforços das campanhas para mobilizarem o eleitorado e explicarem a relevância desta votação, o inquérito a quase nove mil pessoas em 12 países mostrou que 62 por cento dos inquiridos «não estão interessados» ou «estão pouco interessados». Só 35 por cento dos que responderam deram a certeza de ir votar, uma quebra em relação a 2009, quando votaram 43 por cento dos eleitores.

Os maiores entusiastas são os belgas (53 por cento), seguidos dos franceses (44 por cento) e dos holandeses (41 por cento). Os menos interessados nas europeias são os britânicos (27 por cento) e os polacos (20 por cento). As sondagens mostram que os grupos de extrema-direita vão ter um bom resultado e em França e na Holanda deverão ganhar, o que os torna potencialmente na mais poderosa força política do próximo Parlamento Europeu.

A sondagem mostra dados interessantes sobre a perceção dos cidadãos em relação aos líderes. A alemã Angela Merkel é a mais reconhecida e a que recebe uma maior taxa de aprovação, com 51 por cento dos inquiridos a considerarem o seu trabalho «muito positivo» ou «bastante positivo». O britânico David Cameron surge em segundo lugar (35 por cento). O líder menos popular é o francês François Hollande com 32 por cento de opiniões positivas e 32 por cento negativas.

As eleições vão decidir quem são os 751 deputados do Parlamento Europeu entre 2014 e 2017 e também determinar quem será o presidente da Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia que tem o direito de fazer propostas legislativas. Os maiores grupos políticos – o centro-esquerda Socialista e o centro-direita Partido Popular Europeu, o Liberal e Os Verdes – nomearam candidatos à presidência da Comissão, respetivamente o alemão Martin Schulz, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, o belga Guy Verhofstadt e a alemã Ska Keller.

Mas num sinal preocupante para as campanhas, que há dois meses se esforçam para dar visibilidade aos seus candidatos, a sondagem mostra que 60 por cento dos eleitores não sabe quem eles são. A sondagem, feita pela Ipsos-MORI no mês de abril, ouviu 8.833 pessoas na Bélgica, Reino Unido, Croácia, França, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Espanha e Suécia.

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