Dois anos depois de ter sido o melhor árbitro na terceira categoria de futsal, o guardense Marco Rodrigues foi esta época o primeiro classificado da segunda categoria e ascendeu ao restrito lote dos melhores juízes da modalidade. No futebol de onze merece destaque o primeiro lugar de Paulo Brás, também da Associação de Futebol da Guarda, na terceira categoria que lhe vale o passaporte para a segunda, onde irá encontrar Renato Gonçalves que foi quinto e ficou a apenas dois lugares da subida.
Aos 28 anos, Marco Rodrigues confessa que «não estava à espera» de ser o primeiro classificado da segunda categoria, embora estivesse consciente de que estava a realizar uma época «positiva», mas temia que se pudesse passar o mesmo que sucedeu na sua primeira temporada na terceira categoria quando ficou a apenas um lugar da subida. Assim, reconhece que foi uma «grande surpresa e uma grande alegria» ter sido o número um, à semelhança do que tinha sucedido em 2009 na terceira divisão, numa evolução notável. «O objetivo era chegar à primeira categoria e consegui em quatro. Alcançar o primeiro lugar foi fenomenal. Foi ultrapassado o sonho porque o sonho seria a subida», frisa. A próxima meta, assegura, é «fugir aos últimos cinco» lugares para garantir a manutenção na primeira categoria e «tentar alcançar um estatuto na Iª divisão para lá me manter durante muitos anos», à semelhança do que fez Vítor Rodrigues, já retirado. Neste sentido, considera que «pensar em chegar a internacional é uma passada fora das minhas pernas neste momento porque o regulamento é muito exigente» e «é necessária uma conjugação de muitos fatores» como, por exemplo, «ficar três vezes nos 10 primeiros».
No início da carreira na arbitragem, Marco Rodrigues conciliou o futsal com o futebol de onze mas acabou por se dedicar de “corpo e alma” ao primeiro e não está arrependido: «Foi uma aposta ganha. No futebol de onze pensei que se calhar seria um bom árbitro para chegar à 3ª divisão mas seria mais um entre 150, enquanto que no futsal a porta ainda estava aberta», sustenta. A “receita” para a progressão que tem registado passa por «trabalho, dedicação, muito esforço e muitas horas dedicadas ao estudo e aprendizagem», aponta. Sustenta que «na Guarda temos grandes valores apesar de não sermos conhecidos», frisando que costuma dizer em tom de «brincadeira» que «graças a Deus que não sou avaliado por pessoas da Guarda» porque «se calhar ainda estaria no Distrital», ironiza. «Não tenho nada contra as pessoas de cá mas sei o que é ser do interior, de um meio pequeno e de ser avaliado por essas pessoas. Se ainda arbitrasse no Distrital era mais um que cá andava. Como fui para fora foram-me dando valor», reforça.
Carlos Xistra sétimo na primeira categoria
Na primeira categoria de futebol de 11, o covilhanense Carlos Xistra ficou no sétimo lugar. Na segunda, o guardense Renato Gonçalves acabou em quinto, ficando a apenas dois lugares da subida à primeira categoria.
Na terceira categoria, o melhor foi, como já foi dito, Paulo Brás que foi promovido à segunda categoria, enquanto que os outros dois árbitros da AFG alcançaram a manutenção. Gonçalo Martins, que esta época se estreou nos campeonatos nacionais, foi 44º e Hugo Geraldes, que se mantém pela terceira época, ficou em 102º. De Castelo Branco, o covilhanense Ângelo Correia foi o melhor (39º), seguindo-se Luís Cruz (83º), Tiago Gonçalves (92º) e Bruno Nave (139º). Ainda no futebol de 11, o árbitro assistente de primeira categoria, Jorge Cruz, de Castelo Branco, foi 31º entre 52 avaliados. Já o observador de segunda categoria, José Gonçalves, foi 17º.
No que toca ao futsal, o covilhanense Romeu Afonso foi nono na primeira categoria, enquanto que na segunda categoria Izaldo Barata (também da AF de Castelo Branco) foi sexto e Silvério Sousa, da AF Guarda, foi 46º e desceu à terceira categoria onde na última época estiveram seis albicastrenses. Os melhores foram Sérgio Mendes (5º) e Tiago Figueiredo (7º), seguindo-se Rui Pedro (29º), Bruno Duarte (35º), Cláudio Santos (46º) e Hélio Rabasquinho (51º).
Ricardo Cordeiro