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Governo mantém A25 sem portagens

Medida só será introduzida quando a região que atravessa atingir os indicadores sócio-económicos do resto do país, disse Teixeira dos Santos

O Governo garantiu que não haverá portagens na Scut Beira Litoral e Beira Alta, a auto-estrada A25 entre Aveiro e Vilar Formoso.

Na sua última reunião, o Conselho de Ministros aprovou uma série de diplomas que alteram as bases de concessão de sete auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT). Em três delas – Costa de Prata, Grande Porto e Norte Litoral – vai avançar a introdução de portagens, tal como já estava definido. Nestas concessões «introduz-se agora a possibilidade de cobrança de portagens aos utentes, revertendo a receita das mesmas para a Estradas de Portugal (EP)», refere o documento. Já na A25 o diploma «não prevê que os utentes passem a pagar portagens», adianta o comunicado oficial do Conselho de Ministros. No entanto, na terça-feira, em Bruxelas, o ministro das Finanças avisou que a medida será alargada às restantes SCUT «uma vez verificados os critérios utilizados para a sua introdução». Isto é, quando a região que atravessa atingir os indicadores sócio-económicos do resto do país. Teixeira dos Santos também acrescentou que, com o Programa de Estabilidade e Crescimento, «proceder-se-á à avaliação e revisão do modelo de financiamento das Estradas de Portugal, visando a racionalização e garantia da sua sustentabilidade, num contexto em que a infraestrutura rodoviária nacional está em fase de conclusão».

A A25, que substitui o Itinerário Principal 5, tem uma extensão total de 172,4 quilómetros, atravessando os distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. É a principal ligação de Portugal à Europa no que diz respeito ao tráfego de pesados. Anualmente circulam nesta fronteira 33 por cento dos veículos pesados que entram e saem de Portugal. A obra custou no total 895 milhões de euros.

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