O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas anunciou que o Governo pretende ordenar todo o território de caça até ao fim da legislatura, acabando assim com o regime cinegético livre. «É nossa intenção que todo o regime de caça seja, até ao final da actual legislatura, um regime ordenado», disse Rui Nobre Gonçalves no último domingo, no final de um almoço com caçadores numa zona de caça associativa em Mértola. Actualmente existem dois regimes cinegéticos: o especial, que se exerce em zonas de caça ordenadas, como as associativas, turísticas ou municipais; e o regime geral, que abrange todas as zonas onde não existem coutadas. De acordo com o governante, em Portugal «entre 75 e 80 por cento do território de caça já é ordenado», sendo que o Governo pretende ordenar o restante para «conseguir que a caça seja gerida». Para Rui Nobre Gonçalves, quando a caça é «adequadamente gerida, há zonas de alimentação e de água, as peças de caça mantêm-se e vão-se reproduzindo». Com esta medida, o secretário de Estado admite que o regime livre vai «desaparecer progressivamente», mas ressalva que todos os caçadores têm várias opções para continuarem a caçar, aludindo aos regimes de caça associativa, turística ou municipal. De acordo com o governante, o regime associativo é o que reúne o maior número de caçadores em Portugal e o municipal é o mais económico.