Os descontos e isenções nas vias SCUT (Sem Custos para o Utilizador) vão deixar de existir, segundo noticiou o semanário SOL, na última sexta-feira. Junto de fonte oficial do governo, o jornal confirmou que «um novo modelo para as SCUT será anunciado em breve».
Esta alteração terá como principal objetivo «aumentar de imediato as receitas», até porque as previsões do executivo anterior deixavam perceber que este tipo de medida «aumentaria as receitas do tráfego que reverte a favor da Estradas de Portugal de 160 milhões de euros anuais para 260 milhões, no total das sete SCUT». No entanto, tendo em conta que o tráfego está 50 por cento abaixo do previsto, «o fim das isenções e descontos deverá proporcionar, no curto prazo, um aumento de 20 por cento na receita», adianta ainda o semanário. As SCUT da Beira Interior ainda não estão a ser portajadas, uma vez que as alterações obrigatórias na legislação ainda estão em curso e, ao mesmo tempo, tem havido dificuldades na renegociação do contrato com a subconcessionária da SCUT do Interior Norte. A cobrança de portagens deveria ter começado este mês, mas com estes atrasos o governo já só se compromete com a medida «até ao final do ano», disse ainda ao SOL fonte do Ministério da Economia. Segundo este semanário, o Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, tem «mantido reuniões com os autarcas das regiões onde ainda existem SCUT» com o objetivo de «comunicar o final dos benefícios para as empresas e habitantes servidos por estas infraestruturas».
Entretanto, a Comissão de Utentes contra as Portagens anunciou que os protestos contra as portagens na A25 e A23 vão voltar à rua nas próximas semanas. Além dos tradicionais buzinões e marchas lentas, estão previstas mais recolhas de assinaturas, desta vez em murais de papel que serão enviados ao primeiro-ministro.
