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Gouveia foi o concelho mais afetado pelos incêndios

Relatório do ICNF contabilizou 10.440 hectares ardidos em todo o distrito da Guarda até 15 de setembro

Desde o início do ano e até 15 de setembro arderam 10.440 hectares em todo o distrito da Guarda. O relatório provisório de incêndios florestais, elaborado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), revela que o concelho de Gouveia foi o mais afetado pelos fogos deste ano.

O ICNF sinalizou os grandes incêndios em todo o território português, ocorrências em que a área total afetada é igual ou superior a 100 hectares. E no caso do distrito da Guarda o concelho de Gouveia registou 2.303 hectares ardidos. O maior incêndio ocorreu a 8 de agosto na freguesia de Ribamondego, contabilizando 48 hectares de povoamento ardidos e 1.276 hectares de mato. Ainda no concelho gouveense, no mesmo dia, em Rio Torto, deflagrou um fogo que atingiu 463 hectares de povoamento e 269 hectares de mato. Na freguesia de Cativelos, no dia 7 de agosto, registou-se um total de 127 hectares de área ardida e ainda 120 hectares resultantes de um fogo em Melo, no mesmo dia.

Pinhel é o segundo concelho do distrito guardense com maior território ardido, contando com um total de 1.239 hectares. O incêndio de 10 de agosto em Cidadelhe queimou 108 hectares de povoamento e 657 de mato. Já no dia 20 desse mês ardeu um total de 474 hectares na aldeia do Azevo. O terceiro concelho mais fustigado pelas chamas foi a Mêda, com um total de 1.004 hectares perdidos. Aqui, o maior incêndio ocorreu no Rabaçal a 6 de agosto, tendo ardido 353 hectares de povoamento e 200 de mato, totalizando uma área de 553 hectares. Já no Carvalhal, a 9 de agosto, 337 hectares foram queimados, entre eles 63 correspondentes a povoamentos e 274 a mato. O fogo que devastou uma área menor deflagrou no dia 10 do mesmo mês na Barreira, tendo consumido 114 hectares.

De resto, os concelhos pertencentes ao distrito da Guarda em que arderam mais de 100 hectares da sua área foram Aguiar da Beira (132 hectares), Almeida (167), Celorico da Beira (489), Figueira de Castelo Rodrigo (111), Guarda (448), Manteigas (405), Sabugal (929), Seia (427), Trancoso (825) e Vila Nova de Foz Côa (900). No âmbito das competências como autoridade nacional para a conservação da natureza e biodiversidade e como autoridade florestal nacional, o ICNF analisou ainda o terreno ardido no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e contabilizou 1.494 hectares queimados dos 891.322 hectares da área total. Até 15 de setembro, a base de dados nacional de incêndios florestais registava um total de 11.908 ocorrências (2.352 incêndios florestais e 9.556 fogachos), que resultaram em 146.633 hectares ardidos, entre povoamentos (67.764 hectares) e matos (78.869).

Comparativamente aos dez anos anteriores registaram-se menos 21 por cento de ocorrências e mais 116 por cento de área ardida relativamente à média anual. No território nacional, Aveiro foi o distrito mais afetado com 47.088 hectares queimados, cerca de 33 por cento da área total ardida até à data. Seguem-se Viana do Castelo com 26.887 hectares (19 por cento do total) e Porto com 14.005 hectares (10 por cento do total).

Patrícia Garrido Fogo em Ribamondego, que queimou 1.324 hectares a 8 de agosto, foi o maior registado até agora no distrito da Guarda

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