Depois de na primeira volta ter ido a Gouveia vencer, o Trancoso voltou a estar muito perto de impor nova derrota à formação orientada por Francisco Cipriano. Durante os primeiros trinta e cinco minutos de jogo assistiram-se a vários lances de perigo junto de uma e outra baliza. Primeiro, aos 10’, foi Rui Ascensão a obrigar Miranda a uma defesa apertada, para aos 17’, Patrício desferir um remate colocado que levou a bola a passar rente ao poste trancosense.
Mais à frente, os visitantes voltaram a assustar o guarda-redes Hélder, mas o remate de Filipe I fez a bola sair sobre a barra. Na resposta, o Trancoso dispôs de duas boas situações. Primeiro, aos 33’, Miranda negou o golo a João Pereira e, aos 35’, foi Daniel quem impediu que a bola seguisse para o fundo da baliza gouveense. Depois de desperdiçar essas duas ocasiões soberanas, o Trancoso marcou mesmo na transformação de uma grande penalidade a punir derrube de Pedro Ferreira a Rui Ascensão. O árbitro não teve dúvidas, expulsou o médio gouveense e mandou marcar o pénalti que Rui Ascensão transformou no primeiro golo do jogo. Ainda na primeira parte, e apesar da inferioridade numérica da sua equipa, Daniel teve uma soberana oportunidade para empatar mas a bola saiu ao lado da baliza. A segunda parte do jogo seria de pior qualidade até porque o Trancoso entrou disposto a segurar a vantagem mantendo apenas Rui Ascensão lá na frente, “queimando” o tempo necessário para que o jogo chegasse ao seu final.
E mesmo com 10 jogadores foram os gouveenses a assumir as “despesas do jogo” e a procurar o golo da igualdade. Uma postura dos visitantes recompensada já em período de descontos, quando Quim Teixeira, na transformação de um livre directo, restabeleceu a igualdade final. Na sequência do golo gerou-se alguma confusão e o Desportivo de Gouveia acabou mesmo por ficar reduzido a nove jogadores já que Rebelo foi expulso. No derradeiro lance do jogo, os visitantes voltaram a beneficiar de um livre perigoso, mas Eduardo não conseguiu imitar o seu colega. Apesar de bem auxiliado, o árbitro Hugo Geraldes teve um trabalho com alguns erros, nomeadamente ao permitir que, na segunda parte, o Trancoso usasse e abusasse das perdas de tempo.