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«Gostamos de trabalhar no imprevisto»

Durante oito anos, utilizaram a música para chegar a um destino. Marta Miranda (voz), João Lima (guitarra portuguesa), Pablo (contra-bacia), Zeto Feijão (guitarra e voz), Marina Henriques (acordeão) e Sandro (metais) são os OqueStrada. A banda queria ser uma pequena orquestra de bairro, mas o sonho cresceu e estendeu-se aos palcos do país. Em 2009, lançaram o seu primeiro disco “TascaBeat”, onde o fado se mistura com uma batida acústica. No festival, prometem o imprevisto.

P – Quem são e como surgiram os Oquestrada?

R – O grupo surgiu em 2001, na altura com a vontade de fazer um projeto móvel e pequeno, como se fosse uma pequena orquestra de bairro à procura do país. Foi-se desenvolvendo e chegámos até aqui. O próprio nome tem a ver com isso, com uma orquestra de estrada que anda à procura do seu destino através da música. Surgiu-nos a ideia de fazermos algo como um dancing fado, com uma batida acústica. E ao longo destes 10 anos houve um imenso trabalho por todo o país, porque uma banda, além dos discos, das televisões e das rádios, também tem de ir para a rua.

P – Nesse percurso que fizeram pelo país, que impressões recolheram do povo português e acabaram por transportar para a vossa música?

R – Mais do que tudo foi uma fibra que ganhámos e uma relação mais próxima com as pessoas em Portugal. Essa ligação depois sente-se na nossa música, na paixão com que fazemos as coisas. E na paixão com que vamos gerindo a nossa carreira. Geralmente um projeto musical quando não tem um disco ou um nome afirmado no mercado dos media torna-se mais complicado. E o que tentámos trabalhar foi sobretudo o espetáculo, para não sermos apenas uma banda que só canta músicas, quisemos criar também um outro formato e isso fomos fazendo no início, nos primeiros sete, oito anos. Como não tínhamos disco, tínhamos de ter outra coisa e muitas das vezes participámos em teatros que não tinham grandes projetos musicais porque acabámos por conquistar os programadores dessa forma.

P – Em 2009, lançaram o primeiro disco oficial. Podemos esperar um novo trabalho para breve?

R – Sim. Nós temos andado muito por fora, temos tido muitos convites para a Europa. Entre esta agenda de espetáculos e preparação para o próximo disco, eu acho que em breve será possível dizer uma data.

P – É a primeira vez que atuam no Festival Serra da Estrela. Quais são as vossas expectativas?

R – Quando estamos num sítio onde nunca tocámos, claro que queremos sempre fazer o melhor. Queremos um espetáculo que seja único para as pessoas que nos estão a ver. Nós gostamos de trabalhar no imprevisto, logo veremos, não vamos dizer, acho que é bom haver expectativas tanto da nossa parte como do público.

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