«O investimento é muito avultado e não consigo suportá-lo», confidencia Amadeu Eiras, com o coração despedaçado, pois «foi muito difícil juntar estas casas e agora tenho que me desfazer delas». A ideia de as colocar à venda num leilão da Internet surgiu após ter visto uma reportagem onde um grupo alemão tinha comprado uma aldeia portuguesa. Falou depois com um amigo que lhe colocou as casas à venda na net. Por enquanto, a base de licitação está em 121 mil euros, mas o conjunto ainda não foi arrematado por ninguém. Já recebeu algumas propostas, um pouco de todo o país, «só que todos querem comprar individualmente», refere o vendedor, indicando que gostava de vender o conjunto: «Pelo menos despegava-me de tudo de uma só vez», justifica. Trata-se de casas de granito, de várias dimensões, que estão espalhadas pela pequena aldeia, umas mais degradadas do que outras, e inclui também a propriedade que em tempos pertenceu ao senhorio da aldeia. E ainda cerca de dez hectares de terreno. «Ali tinha pensado fazer um campo de golfe e uma piscina», recorda Amadeu Eiras, apontando para um descampado verde que só termina numa recheada gingeira. Agora, só resta esperar pela melhor licitação.
Patrícia Correia
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