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Gonçalo contra saída da estação dos CTT

Junta de Freguesia está disposta a suportar a renda do edifício

A Junta de Freguesia de Gonçalo está contra o encerramento da estação dos correios daquela vila do concelho da Guarda. Recorde-se que a administração dos CTT – Correios de Portugal já anunciou a decisão de transferir os serviços de 400 estações de correios para outras tantas Juntas de Freguesia espalhadas por todo o país. Por enquanto, a presença do balcão dos CTT em Gonçalo parece estar garantida até pelo menos Fevereiro de 2004, altura em que o processo vai ser reavaliado. O problema é que por essa altura já se espera que o projecto de criação de micro-empresas tenha resultado, o que poderá fazer aumentar o tráfego de correspondência.

Apesar das dificuldades financeiras, Pedro Pires, autarca de Gonçalo, fez saber na reunião tida com um representante dos Correios na última quinta-feira que a Junta está disposta a arcar com o encargo da renda: «Se o problema está em termos de financiamento, a Junta, que está muito mal nesse campo, arranjará dinheiro para suportar as instalações. A presença física dos CTT é demasiado importante, já que não podemos esquecer que foi uma das condicionantes que possibilitou a elevação de Gonçalo a vila e como tal não podemos admitir que seja retirada assim de um momento para o outro», avisa. Fevereiro do próximo ano foi o prazo pedido pela Junta aos CTT para se proceder a uma reapreciação do processo, pelo que Pedro Pires conta que a estação funcione «normalmente» até àquela. «Pensamos que poderemos até essa altura desenvolver alguns projectos em termos económicos para a vila, que podem aumentar o tráfego da estação. Foi nesse sentido que apelámos à compreensão dos CTT», diz o presidente da Junta, referindo-se à criação de micro-empresas. Uma coisa é certa, Pedro Pires assegura que não abdicará do posto dos correios, pois considera «vital» a presença física do edifício, que confere uma «percepção real do serviço», ainda que seja com outro recurso externo aos CTT, mas que garanta o funcionamento na actual estação de correios. Por seu turno, António Nobre, representante dos Correios no encontro da semana passada, limitou-se a garantir que os CTT irão continuar. «Todos os serviços que neste momento são feitos nos Correios irão continuar. A forma de os prestar é que poderá, eventualmente, ser diferente», afirma.

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