O Fornos de Algodres realizou um jogo perfeito no regresso ao Nacional da IIIª Divisão. Frente ao Cinfães, campeão distrital de Viseu, a equipa de Nando Pompeu teve o mérito de concretizar quase todas as oportunidades de que dispôs, enquanto o adversário, que dominou o encontro, nem de penálti conseguiu marcar.
Com cinco reforços no onze inicial, os locais viram o Cinfães entrar melhor na partida. No entanto, aos 12’, começou o festival de bem contra-atacar por parte do Fornos. Titá recebeu a bola no centro do terreno e desmarcou Simões, que, partindo de posição duvidosa, aproveitou para se isolar e marcar, com muita calma. Os visitantes intensificaram o domínio e, aos 25’, valeu Zézito para evitar o empate em cima da linha de golo. Na resposta, novo golo em contra-ataque. Bruno Costa livrou-se de um adversário e isolou Titã, que atirou a contar. O segundo tempo começou com mais um golo para os locais e novamente em contra-ataque. Simões desenvencilhou-se de um defesa contrário e cruzou para a esquerda, onde Titá beneficiou de uma enorme falha de Kipulo para receber a bola no peito e bisar perante o desamparado Miguel. Apesar de atacar muito, o Cinfães poucas oportunidades dignas desse nome conseguiu criar. Pior, quando as teve, os seus avançados mostraram pouco engenho na hora de atirar à baliza.
Aos 56’, por exemplo, Nogueira beneficiou de uma falha de marcação fornense e apareceu a cabecear em boa posição, mas a bola saiu muito por cima. A goleada foi consumada aos 68’. À entrada da área, Bruno Costa fez um remate à meia volta que surpreendeu Miguel. Aos 93’, o árbitro assinalou grande penalidade contra o Fornos sem que ninguém percebesse porquê. Ainda assim, nem desta forma o Cinfães conseguiu marcar, pois Zé Luís adivinhou o remate de Rogeiro. Esta decisão acabou por manchar o trabalho do árbitro romeno Iancu Vasilica, que merece o benefício da dúvida no lance do primeiro golo. No final, Nando Pompeu reconheceu que «tudo correu bem» ao Fornos, cuja estratégia «anulou um adversário muito forte».
Ricardo Cordeiro
