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GNR pede mais efectivos e um novo quartel no Dia da Unidade

Futuras instalações do comando na Guarda estarão para breve, revelou o comandante Monteiro Antunes

O comando territorial da GNR da Guarda comemorou, na passada quarta-feira, pela primeira vez, o Dia da Unidade com pedidos antigos. O comandante Monteiro Antunes lembrou que, actualmente, há uma média de 15 militares por posto nos 26 espalhados pelo distrito, o que «é insuficiente para garantir em todos eles patrulhas a dois para cobrir as 24 horas do dia».

Outra preocupação com décadas é a necessidade de novas instalações na sede do comando, mas a construção do novo quartel estará «para breve», adiantou. Até lá, o coronel admite ter que que resolver «com muita frequência» os condicionalismos do actual. «Somos obrigados a resolver infiltrações de água e outros problemas estruturais e de adaptação do espaço disponível, o que exige muito dinheiro», disse o oficial. A propósito, Monteiro Antunes revelou que Joaquim Valente, autarca da Guarda, reuniu nesse dia com a Direcção-Geral de Edifícios do Ministério da Administração Interna (MAI) para «decidir alguns aspectos do novo quartel». Confrontado com estas questões pelos jornalistas, o comandante operacional da GNR reiterou que a situação das instalações «está a ser tratada», enquanto o pedido de efectivos será contemplado «logo que haja possibilidade». Meireles de Carvalho recomendou entretanto que se «adoptem outros modelos operacionais no terreno de acordo com os recursos existentes».

Por sua vez, o novo Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, considerou «não ser possível exigir-se o cumprimento da missão da GNR nas condições em que trabalham», acrescentando ter sido informado que a construção do novo quartel está «muito bem encaminhada» no MAI. A data escolhida para o Dia da Unidade – uma efeméride tornada possível com a reestruturação orgânica introduzida em Janeiro deste ano – assinala a chegada da primeira companhia da GNR à cidade, a 2 de Dezembro de 1914. No seu discurso, Monteiro Antunes considerou a actividade policial «genericamente positiva», já que o distrito está entre «os de menor número de crimes registados até Outubro, superado apenas pelos de Beja, Évora e Portalegre». O comandante também alertou para a vulnerabilidade dos patrulheiros que vão para giros e missões «sem escudos de protecção, sem apoio de linhas de retaguarda e sem treinos de técnicas de defesa pessoal, ingenuamente confiantes e frequentemente vítimas de ataques repetinos de “cidadãos” com direitos».

No total, a GNR tem um total de 652 efectivos no distrito, 70 dos quais integram o Destacamento de Trânsito. Já o novo destacamento de Seia ainda vai aguardar que o Comando Geral decida relativamente à estrutura orgânica de outros comandos territoriais. «Ainda não há data prevista para a sua entrada em funcionamento, que também depende dos efectivos disponíveis», disse Monteiro Antunes.

Luis Martins Celebrado pela primeira vez, o Dia da Unidade evoca a chegada da GNR à cidade

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        Dia da Unidade

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