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Gilberto

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Não sei que maravilhosos percursos se inscrevem na história que conduz à direcção da Federação Portuguesa de Futebol. Desconheço os méritos de Madaíl e não nego que lhe encontro simpatia no olhar. Mas conheci tantos simpáticos que eram incompetentes e inadequados que fico de sobreaviso. Depois veio a história do Professor que foi campeão do Mundo com a selecção portuguesa, que foi treinador de uma das melhores equipas do Mundo – o Manchester United, que parece ser um excepcional teórico da fisiologia do esforço, e descubro que uns tipos que não fixo o nome o despediram. E assim fizeram negócios com o dinheiro que é de todos nós. Indemnizar o Professor, contratar um novo treinador que pedirá cláusula de rescisão também (com gente desta há que estar protegido) e desbaratar milhões de euros parece ser coisa fácil. Quem são aqueles vice-presidentes e secretários de Estado que se movem com o dinheiro público entre hotéis de luxo e reuniões anedóticas? Mou é convidado para dar um dedo à selecção (e agora sabemos que Mou com um dedo é melhor que Queirós inteiro) e depois virá Paulo “Tranquilo” Bento para um lugar de tormenta certa onde meia dúzia de pessoas põe e dispõem sem dar cavaco e arquitectando cenários e reescrevendo peças de Gil Vicente. Para mim, o convite a Mourinho é uma saloiada inefável. Deixa-o mais prestigiado, mas a mais ninguém. Enfraquece o próximo convidado e é seguramente um gesto inconsequente e balofo de quem se prepara para indemnizar mais alguém. O problema do futebol português é que somos poucos, temos fraco desporto escolar, temos ausência de equipas portuguesas (vejam o Braga, o Porto, o Benfica e contem os portugueses em campo), temos parca exigência e fraca entrega no ensino infantil. O secretário de Estado do Desporto tinha tanto onde se entreter…

Por: Diogo Cabrita

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