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Galo volta a ser julgado a 7 de março

Espetáculo promete atrair milhares de pessoas à Praça Velha

O Galo do Entrudo vai voltar a ser julgado e morto na Praça Velha, de onde chegará proveniente do Jardim José de Lemos na noite da segunda-feira de Carnaval. À semelhança de anos anteriores, o espetáculo deverá atrair às ruas da Guarda milhares de pessoas, com a organização a torcer para que o São Pedro ajude e as condições atmosféricas permitam que o evento decorra na sua plenitude.

Uma das «novidades» da edição deste ano é a «aparição de personagens em janelas localizadas ao longo de todo o percurso», o que dará «outra dinâmica» ao espetáculo, indica o seu coordenador e diretor da Culturguarda, que produz o espetáculo para a Câmara da Guarda. Américo Rodrigues desafia as pessoas a saírem para a rua «mascaradas», já que «sem essa participação, a festa não se fará». Este «espetáculo comunitário de expiação dos males» envolve cerca de 400 pessoas, entre atores e uma «forte participação de coletividades do concelho», a que se juntam grupos profissionais de animação. «Temos que reforçar esta participação de ano para ano se queremos que este evento tenha uma projeção nacional e internacional», salienta o responsável que dará a sua voz ao galo. De resto, frisa que a «exigência é muito grande», uma vez que «estamos a trabalhar para cinco mil pessoas e temos que ter muito respeito por esta multidão» que vai assistir a um «espetáculo sui generis», onde se faz «um cruzamento entre tradição e inovação». Américo Rodrigues sublinha que se trata de um espetáculo «muito frágil em relação ao mau tempo» e embora garanta que «está tudo prevenido» formula desejos para que esteja uma noite «calma e tranquila». Morto o galo, será servida uma canja de galinha a quem quiser e o vinho é oferecido «a toda a gente».

O espetáculo tem um custo de 83 mil euros, «financiados em 80 por cento pelo QREN», indica o vereador da Cultura na autarquia. Virgílio Bento defende que o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo constitui um «evento que queremos que marque o calendário regional nesta época do Carnaval» e que «irá atrair milhares de pessoas à cidade». Por seu turno, Elsa Fernandes, vereadora do Turismo, apelida o evento de «estratégico e fundamental», na medida em que «mexe com a cidade, até pelas coletividades que abrange», realça. Os textos estão a cargo de António Godinho e Daniel Rocha, a conceção e construção do galo de Agostinho da Silva, a música original da queima do galo de B. Riddim e a cenografia é de José Neves e António Gomes.

Ricardo Cordeiro Apesar do mau tempo, o evento reuniu muita gente o ano passado

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