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Galeria Aquarius com mostra colectiva até fim do mês

No último ano estiveram em exposição na galeria do restaurante perto de 500 trabalhos

A galeria de arte do restaurante Aquarius, na Guarda, tem patente, até ao final deste mês, mais uma mostra colectiva. Para ver, descobrir e “saborear”, uma série de trabalhos de Mário Silva, Joaquim Magalhães, Gustavo Fernandes, Alba Simões, Vítor Lages, Cruz Santos, Magnos de Monserratt, Andrés Merida, João Ribeiro, Carmen Iosano, Mário Costa, Abílio Marcos, Pedro Olaio, Mário Portugal, Michel e Marriett e Mário Silva.

Nomes a que se juntam, nesta mostra, criações de artistas plásticos como Augusto Tomás, Góis Pino, António Sem Xico Lucena, Rogério de Abreu, Mário Nunes, Moreira Neves, Santos Carvalho, Thierry Ferreira, João de Paula ou Manuel Coelha Pinto. As peças – e sobretudo em tempo de contenção financeira – é que não são para todas as bolsas. Os preços oscilam entre os 250 e os seis mil euros. Mas, curiosamente, e em menos de um mês, a peça mais cara já foi vendida. Assim, o trabalho sobre óleo de Vítor Lages “Criando uma sereia” é, por ora, a peça mais valiosa da colectiva e ascende aos 3.900 euros. E porque ano novo é sinónimo de vida nova, Jorge Silva, o anfitrião do espaço, já tem novos projectos na calha para dinamizar a galeria. Para 2008 está prevista uma mostra de trabalhos de um jovem guardense ligado a Peniche, «uma revelação», e manter-se-ão pelo menos as habituais colectivas de Verão e de Natal, as mostras que, habitualmente, têm maior sucesso. Contudo, 2007 terá mesmo sido «o pior ano» desde o início do projecto, que já conta com cinco anos de história. «Apesar de tudo, é apenas mais um ano mau, não há grande poder de compra e, numa conjuntura assim, evita-se gastar dinheiro… sobretudo em arte», atira.

Assim, a estratégia, em 2007, passou por acolher menos exposições, mas «com mais qualidade». Por outro lado, a aposta centrou-se particularmente nas colectivas, «que permitem ao cliente um maior leque de escolha». De resto, atrair o público da Guarda não é tarefa fácil. A maioria dos clientes assíduos da Galeria não são, aliás, da cidade e, segundo o proprietário do espaço, «muito menos da região». Os compradores chegam de outros pontos do país e, inclusivamente, da vizinha Espanha. «Não que não haja consumidores de arte na região», acredita o proprietário. O problema é que, na Guarda, «sempre se gostou de ir às compras a sítios distantes», justifica. E o mercado da arte não constitui excepção. Mesmo assim, o balanço «tem sido positivo» e o «casamento entre as artes visuais e a arte da boa comida» – como Jorge Silva insiste em chamar ao projecto- é mesmo «para continuar».

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