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Gaiteiros de Lisboa no aniversário do TMG e do 25 de Abril

TMG

Os Gaiteiros de Lisboa foram os escolhidos para o concerto comemorativo dos 40 anos do 25 de abril e para o 9º aniversário do Teatro Municipal da Guarda (TMG) amanhã à noite.

Trata-se de um projeto de cariz tradicional e um dos poucos grupos que reúne tão generalizado consenso. Chamar “instituição” aos Gaiteiros de Lisboa poderia significar «alguma rigidez» no seu trabalho, mas a formação tem exibido com orgulho o estatuto de “Grupo de Manifesto Interesse Cultural” atribuído pela Secretaria de Estado da Cultura e tem sido tudo menos rígidos na sua história, feita de abertura, de imaginação e de um sucesso só explicável com a qualidade da sua música e atuação ao vivo. Na Guarda, o grupo apresenta o seu último disco de originais, “Avis Rara”, que recebeu os mais rasgados elogios da crítica nacional. Editado em 2012, o álbum contou com preciosos colaboradores como Adiafa, Zeca Medeiros, Sérgio Godinho, Armando Carvalheda e Ana Bacalhau.

Segundo a produção, “Avis Rara” é uma «viagem que reinventa melodias, poesias, polifonias e instrumentos, mas também com o destino ambulante de um grupo que para existir tem que se mexer e se deslocar». Há temas originais mas também o resultado de uma recolha de música tradicional que vai do Alentejo à Ilha do Pico, do Minho às Beiras e a Trás os Montes, passando também pela poesia de Alexandre O’Neil, por cantos religiosos e de trabalho, sem esquecer a crítica social. «“Avis Rara” é um título que de certa forma traduz o conteúdo deste trabalho, não só pela estranheza de sons e arranjos que ele contém, como pela originalidade e irreverência na abordagem do já tão explorado filão da música tradicional portuguesa», escreve Carlos Guerreiro, elemento dos Gaiteiros, a propósito deste novo trabalho. Os Gaiteiros de Lisboa surgiram em 1991, na capital portuguesa, e já editaram seis álbuns de originais.

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