Num orçamento de cortes e austeridade para a generalidade dos funcionários públicos, pensionistas e reformados, há despesas que sobem. Uma delas é a dos gabinetes do Governo.
Os gabinetes dos 56 membros da equipa governamental de Passos Coelho e Paulo Portas vão gastar, em 2014, 50,6 milhões de euros, mais 1,3 milhões do que no presente ano e 3,3 milhões do que em 2012, segundo a edição do jornal “i” desta sexta-feira.
O aumento da despesa nos gabinetes de ministros e secretários de Estado bem como dos assessores técnicos pode ser explicado, escreve o diário, com o incremento do número de elementos que passaram a integrar o executivo com a última remodelação de julho.
Até à sétima remodelação, e com o fim dos super-ministérios, a equipa era composta por 48 membros. Desde então passou a contar com 56 membros, mais até do que os 55 dos últimos governos de Sócrates. Isto apesar de o primeiro-ministro, Passos Coelho, sempre ter criticado a dimensão dos governos socialistas.
De acordo com a análise do “i” aos mapas que acompanham a proposta de Orçamento do Estado para 2014, é a Presidência do Conselho de Ministros e o Ministério das Finanças que registam um maior aumento da despesa.
Apesar desta subida, os gastos dos gabinetes continuam muito abaixo dos inscritos nos dois últimos governos de Sócrates: 62,4 milhões em 2011 e 67,3 milhões em 2010.
