As associações distritais de futebol vão requerer a nulidade do despacho que determinou a suspensão do estatuto de utilidade pública da Federação Portuguesa de Futebol, emitido a 19 de Março.
Reunidas no passado sábado na FPF, as 22 associações decidiram também interpor uma providência cautelar para evitar a aplicação da suspensão do estatuto, depois da publicação no “Diário da República” do despacho do secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Uma das consequências imediatas desta medida é a extinção dos gabinetes técnicos das associações distritais. O presidente da Associação de Futebol da Guarda (AFG) assegurou a O INTERIOR que «se não tivermos os coordenadores técnicos pagos pelo IDP [Instituto do Desporto de Portugal], através da FPF, não temos condições para ter selecções distritais, porque é incomportável para as associações pagarem a uma pessoa que tem o ordenado de um professor do ensino secundário. Não é um ordenado mínimo propriamente», refere Andrade Poço. Actualmente, a AFG tem um coordenador técnico, mas há outros técnicos que trabalham «“à peça”, em função dos treinos que realizam e isso já é mais suportável». No entanto, o dirigente reforça que «pagar o ordenado mensal» ao coordenador técnico «é completamente incomportável, até para as associações com outro poder económico que o nosso».