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Futebol de primeira só na segunda parte

Aguiar da Beira bate Figueiró e continua invencível

Apesar do mau estado do terreno devido à chuva, o jogo entre o Aguiar da Beira e o vizinho Figueiró da Granja teve alguns momentos de interesse. Contudo, os locais entraram mal e muito nervosos, com muitos passes falhados, enquanto que na frente os avançados finalizavam muito mal.

Previa-se uma grande diferença entre as duas equipas, atendendo aos resultados das primeiras jornadas, mas os visitantes conseguiram, em determinados momentos da primeira parte, equilibrar a partida e mesmo incomodar a defensiva caseira com jogadas de contra-ataque. Por sua vez, o Aguiar não acertava no jogo, falhando situações de golo praticamente feito e desaproveitando algumas “dádivas” do guarda-redes Júlio, que defendeu com muita insegurança. Mas os jogadores da casa, sempre por perto, não foram capazes de concretizar. Celso voltou a dar nas “vistas” no Aguiar da Beira, pois, apesar da sua pequena estatura, tem uma enorme capacidade em segurar a bola, fintar e rematar. Perante esta irreverência, os adversários não tiveram outro remédio senão travar o jovem jogador recorrendo à falta, algumas muito feias e cometidas dentro da grande área. Em todo o jogo pareceu-nos ter havido, no mínimo, seis faltas merecedoras de grande penalidade, mas o árbitro nada assinalou.

Na segunda parte, a partida foi muito diferente num terreno cada vez mais empapado de água. Tornou-se muito difícil jogar bom futebol, mas nada que impedisse a equipa da casa de “acampar” no meio-campo do Figueiró que, por força da avalanche de jogo da equipa de Totá, se viu obrigado a defender com todos os jogadores. Mota foi o único homem mais adiantado, mas só muito esporadicamente fez um tímido contra-ataque, sendo quase sempre obrigado a esperar que alguns companheiros avançassem no terreno. Em contrapartida, assistiu-se a um festival de oportunidades perdidas do Aguiar, que jogou contra nove jogadores dentro da área do Figueiró. Entretanto, Centeio viu o segundo cartão amarelo, mas, curiosamente, esta expulsão pareceu dar outra força anímica aos locais, que passaram a jogar melhor. Desta forma, o golo acabou por aparecer aos 79’ na marcação de uma grande penalidade, cometida pelo guardião Júlio, que ficou magoado, tendo a partida sido interrompida durante muito tempo, o que levou árbitro a dar no final 13 minutos de compensação. Chamado a marcar, Agostinho, entrado no início da segunda metade, concretizou. O segundo golo surgiu aos 87’ por Vitinho, que, depois de uma bela jogada, aproveitou muito bem uma má saída do guarda-redes do Figueiró e fixou o resultado. O árbitro da partida, Camões Barros, devia ter tirado a “pala invisível” dos olhos, pois pouco viu do que realmente se passou neste jogo e mostrou um exagero de cartões.

Pedro Sousa

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