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Fundo para apoiar estudantes do IPG em dificuldades

Associação Académica da Guarda e Provedor do Estudante estão a analisar formas de conseguir financiar medida

A constatação de que há alunos do Politécnico da Guarda a passar dificuldades económicas para estudarem levou a Associação Académica (AAG) a criar um fundo de apoio para estes casos.

«Será um fundo monetário que vai ser lançado em colaboração com o Provedor do Estudante e será concretizado a curto prazo, em articulação com os serviços de ação social», disse Marco Loureiro. A ideia é disponibilizar mensalmente uma verba aos alunos mais necessitados, sendo que o montante a conceder vai depender da «situação financeira de cada um nestas». O presidente da AAG adianta que o modelo de financiamento do fundo está a ser estudado, mas que uma das possibilidades abordadas nos contactos com o Provedor do Estudante, Jorge Mendes, poderá ser a venda de produtos nos vários bares do IPG. «Uma das hipótese em cima da mesa será agravar o preço de produtos menos saudáveis de forma a retirar uma pequena percentagem para ajudar os estudantes mais carenciados», exemplificou.

Outra preocupação da AAG é o pagamento de propinas por parte de estudantes em dificuldades, tendo Marco Loureiro revelado que a associação mediou um processo que levou a presidência do IPG a deferir a possibilidade de cinco alunos poderem pagar a propina anual de 900 euros «em oito prestações». O dirigente revelou ainda que, devido aos atrasos na atribuição de bolsas, os serviços sociais «têm facultado alimentação e dormidas» a mais de dez alunos, que são acolhidos nas residências de estudantes do Politécnico. «Perante a crise, temo que muitos dos cerca de 3.900 alunos do IPG acabem por congelar as matrículas para prosseguirem os estudos quando tiverem uma vida melhor», sublinha Marco Loureiro.

Entretanto, a AAG participou anteontem na manifestação nacional dos estudantes do superior frente à Assembleia da Republica, em Lisboa, e declarou três dias de luto académico por considerarem que o Estado está a desinvestir no setor. «A destruição do ensino superior e a limitação ao direito à Educação são inaceitáveis e, portanto, o investimento neste grau de ensino faz parte da solução e não do problema», sustente a associação.

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