A Guarda foi a capital de distrito escolhida para a assinatura dos protocolos relativos ao Fundo de Solidariedade da União Europeia – FSUE para a região Centro e Norte, no valor global de 3,4 milhões de euros, que pretendem fazer face aos prejuízos causados pelos incêndios do ano passado. Entre as 16 autarquias contempladas, que no ano passado viram ser decretada a situação de Calamidade Pública, dez são do distrito da Guarda, a que se juntam cinco de Bragança e uma de Coimbra.
Na cerimónia, que decorreu na semana passada, estava prevista a presença de Arlindo Cunha, novo ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, mas a morte de Sousa Franco fez o primeiro-ministro, Durão Barroso, cancelar todas as actividades do Executivo. Desta forma, coube a Joaquim Lacerda, Governador Civil da Guarda, representar o Governo e explicar que «os presidentes de 16 câmaras que apresentaram candidaturas ao Fundo de Solidariedade da UE assinaram os protocolos, à medida que foram chegando, e saíram de seguida», indicou. Os 10 concelhos do distrito da Guarda abrangidos com cerca de 1,8 milhões de euros são Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Pinhel, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. Já o distrito de Bragança foi contemplado com cerca de 1,3 milhões de euros, a distribuir pelos municípios de Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor e Torre de Moncorvo. No distrito de Coimbra, o único concelho abrangido é o de Pampilhosa da Serra. O Fundo de Solidariedade da União Europeia foi criado com o intuito de responder a situações mais graves resultantes de incêndios florestais como os do último Verão, ao nível das infraestruturas públicas total ou parcialmente destruídas, quer pelo fogo, quer pelas enxurradas que se seguiram nas áreas ardidas.
Entretanto, a Câmara da Guarda, a Cáritas Diocesana da cidade mais alta e o Banco Espírito Santo procederam na semana passada à entrega das chaves das casas reabilitadas dos incêndios de 2003. As habitações abrangidas foram duas no Vale da Vela (Quinta do Fontão) e uma em Aldeia do Bispo. Este projecto contou com a comparticipação da autarquia com a elaboração de projectos e o acompanhamento técnico, enquanto que a Cáritas contribuiu com cerca de 132 mil euros, o BES com 12,5 mil euros e a Comissão “Renascer” – Vela com três mil euros. Quanto ao Carrefur disponibilizou os electrodomésticos e o Centro Regional de Segurança Social da Guarda o apoio social.
